Já está dando aquele gostinho de saudade do 25º Cine PE. Nesta quinta-feira, 25, foi a vez da exibição dos últimos dois filmes da mostra competitiva de longas-metragens. Primeiro, houve a projeção do bonito documentário Os Ossos da Saudade (2021) e depois a de Lima Barreto Ao Terceiro Dia (2021) – as críticas sobre eles vocês podem conferir, respectivamente, aqui e aqui. E não é que o primeiro “Fora Bolsonaro” apareceu no evento? E veio da equipe do filme que conta a história do escritor Lima Barreto a partir de um diálogo com sua versão mais jovem e com o principal personagem de sua carreira literária. Depois de um discurso inflamado, o cineasta Luiz Antônio Pilar convocou as duas atrizes que o acompanharam no palco para em uníssimo gritar o jargão que pede a saída do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. E claro que a plateia atendeu também ao chamado, afinal de contas estamos falando de um festival que celebra a arte, talvez uma das áreas mais sucateadas pela atual administração federal.

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Já na manhã desta sexta-feira, 26, último dia do evento, além dos debates com os realizadores dos curtas e longas-metragens do dia anterior, a imprensa teve um encontro com o idealizador e sócio do Cine PE, Alfredo Bertini. Depois de agradecer aos jornalistas encarregados de cobrir as atividades, ele explicou que vários fatores (entre eles alguns logísticos e burocráticos) obrigaram a compressão da programação em apenas três dias, mas aproveitou para enfatizar sua felicidade em retornar ao formato presencial. Bertini também anunciou que as atividades paralelas do Cine PE 2021 se estenderão até meados de abril de 2022, com as contrapartidas sociais, alguns seminários e outras atrações que deverão ser anunciadas em breve. E nesta sexta haverá a premiação, mas não apenas dos vencedores de 2021, mas também os de 2020 (edição que aconteceu online). Ou seja, a noite promete fortes emoções.

Equipe de “Lima Barreto” puxou um “Fora Bolsonaro”. Fotos:/Felipe Souto Maior/Divulgação
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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