Atriz Mila Moreira morre aos 75 anos no Rio de Janeiro

A atriz Mila Moreira morreu na madrugada desta segunda-feira, 06, aos 75 anos. O velório está marcado para o Memorial do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 07, às 10h. Antes de se tornar atriz, Mila teve uma carreira de modelo que começou aos 14 anos – aliás, foi uma das primeiras a migrar para a atuação em TV no Brasil, um movimento que se tornaria comum dali em diante. Em diversas entrevistas a artista afirmou que sofreu preconceito. “Na época, não era comum ter uma modelo fazendo televisão, então, claro que, inicialmente, teve um preconceito. Todo mundo ficava esperando para meter o pau mesmo. Os olhares tortos eram mais por conta de ser uma pessoa fora da classe. Era como hoje, as pessoas ainda acham que você está roubando o trabalho dos outros. Você estuda para ser atriz e chega alguém que só porque é bonitinha e está na moda vira atriz”, disse Mila ao extinto programa Vídeo Show, da Rede Globo. Sua estreia na telinha se deu em 1979, na novela Marron Glacé.

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Entre seus trabalhos na televisão, também se destaca o de Plumas e Paetês (1980-1981), na qual interpretou a personagem Dorinha. Ao todo, Mila Moreira participou de cerca de 30 telenovelas e minisséries. Seu último trabalho para o meio que a deixou nacionalmente conhecida foi em A Lei do Amor, em 2016, na qual viveu uma exatamente uma ex-modelo. Mila ficou conhecida por viver mulheres de porte e comportamento elegantes. Nos cinemas, seus trabalhos mais conhecidos foram em Os Saltimbancos Trapalhões (1981) e Dias Melhores Virão (1989). A causa da morte de Mila Moreira não tinha sido informada até o fechamento desta matéria. Sua amiga de longa data, a colega Lilia Cabral, se pronunciou em sua conta oficial do Instagram se referindo à fatalidade como “um mal súbito”.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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