Ator John Saxon morre aos 83 anos

O ator norte-americano John Saxon morreu neste sábado, 25, aos 83 anos, por conta de complicações de um quadro pneumônico. A informação foi confirmada pela agora viúva, Gloria Saxon. John nasceu em Nova Iorque numa família de italianos – era o mais velho dos três filhos de um pintor imigrante. Ele foi descoberto por um grande empresário hollywoodiano ainda na adolescência, rapidamente estreando na televisão nos longínquos anos 1950. Adiante, ao debutar nas telonas, colaborou com nomes maiúsculos do cinema norte-americano de então, tais como Vincente Minnelli, Blake Edwards, John Huston e Otto Preminger, para citar apenas alguns. Venceu o Globo de Ouro de Maior Promessa por Tudo Pelo Teu Amor (1958) e foi indicado ao de Melhor Ator Coadjuvante por Sangue em Sonora (1966), no qual viveu um bandido mexicano que rouba o cavalo do personagem de Marlon Brando.

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Alternando trabalhos televisivos – como Ilha da Fantasia (1977-1984) – e cinematográficos, ele acumulou mais de 200 créditos ao todo. Seus papeis mais emblemáticos, especialmente à nova geração, foram o policial Donald Thompson no primeiro e no terceiro filme da saga A Hora do Pesadelo, e o veterano de guerra Roper que contracena com Bruce Lee em Operação Dragão (1973). Faixa preta em caratê, Saxon substituiu o ator antes escalado porque este era considerado pelo astro chinês muito alto para render uma boa luta. Curiosamente, o atlético John Saxon cultivava também como hobby a prática arco e flecha. Ele foi cremado e suas cinzas entregues à família.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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