Se você faz parte da galera que, ao se deparar anualmente com a lista de indicados ao Oscar de Melhor Filme, se pergunta: “mas, por que nove? arredonda logo, caramba”, seus “problemas” têm data para acabar. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou que a partir de 2022 será obrigatória a indicação de 10 filmes na mais concorrida das categorias de seu prêmio principal. Lembrando que atualmente as regras preveem de cinco a dez nominados. Nos últimos anos, tivemos geralmente nove concorrentes, ou oito, como no Oscar 2019. Também outras medidas vêm sendo discutidas, como a fusão de Edição e Mixagem numa categoria denominada Melhor Som.

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De acordo com o IndieWire, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas também pretende intensificar esforços no sentido de promover um maior equilíbrio racial e de gênero na indústria como um todo. A atitude vem a reboque dos protestos que incendeiam os Estados Unidos após o assassinato brutal de George Floyd por policiais brancos. A entidade fez uma reunião com o principal sindicado dos produtores de Hollywood, o PGA, para criar uma verdadeira brigada dos líderes desse mercado a fim de estabelecer parâmetros rígidos de equidade, instituindo padrões de representatividade obrigatórios para que as produções possam ser postulantes a uma vaga no Oscar. A Academia vai detalhar essas mudanças no dia 31 de julho. As mesmas entram em vigor a partir do Oscar 2022.

Também cresce a possibilidade do Oscar 2021 não mais acontecer em fevereiro, mas em abril, por conta do rearranjo da indústria diante dos efeitos da pandemia do Covid-19.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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