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Sinopse

Depois das aventuras nos museus de Nova Iorque, o vigia noturno Larry Daley viaja para Londres, em uma jornada para evitar que a magia que faz com que as estátuas do museu ganhem vida acabe para sempre.

Crítica

Se já pintou aquele momento em que você se pegou pensando que o cinema está se resumindo a filmes de heróis dos quadrinhos, adaptações de livros e as famigeradas sequências, seus problemas não acabaram. Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba vem chegando aí e o título já diz tudo. Mas até que essa continuação tem lá seus momentos e rende, no mínimo, duas oportunas – e não combinadas – homenagens para Robin Williams e Mickey Rooney, astros falecidos em 2014, que divertiram muita gente no passado.

Na história de agora, o bem sucedido vigia noturno Larry (Ben Stiller) se vê às voltas com uma espécie de maldição que está colocando em risco a "vida noturna" de seus amigos históricos. Para enfrentar o problema, ele precisa embarcar numa nova aventura com a turma, agora em Londres, em outro museu e com outros personagens, entre eles Sir Lancelot, cavaleiro da Távola Redonda. De quebra, o filhão adolescente que anda querendo abandonar os estudos vai junto, pois virou motivo de preocupação do pai, que sabe exercer uma profissão pouco promissora por falta de qualificação, resultando num momento de reflexão (raso que seja) para os espectadores mais jovens.

Com efeitos especiais de boa qualidade, o longa usa e abusa deles (e de licenças) para mergulhar você naquele universo de figuras e momentos históricos, enquanto o pequeno primata esbofeteador Dexter segue provocando o protagonista. No elenco, Owen Wilson e Steve Coogan estão de volta como as miniaturas amigas para sempre, enquanto Ben Kingsley faz pequena participação especial. Escrito por Michael Handman e David Guion, do fiasco Um Jantar para Idiotas (2010), o roteiro da dupla pouco experiente surpreende somente pela conexão de algumas falas de Teddy Roosevelt com o destino de seu intérprete (Williams) na vida real, e também por um momento curioso e divertido, envolvendo o astro Hugh Jackman. Fora isso, o novo personagem pastelão (também de Stiller) pode agradar.

A trilha sonora, que resgata bons hits da discoteca, como Shake Your Groove Thing (Peaches & Herb) e Got to be Real (Cheryl Lynn), reforça o foco na família. Dirigido pelo mesmo Shawn Levy (dos dois anteriores), Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba padece do mal de sempre. Ou seja, nada de frescor e muito do mesmo. Ainda assim, algumas piadinhas visuais ou nos diálogos podem até extrair um ou outro riso dos escolados, mas está longe de ser um filme engraçadão, contentando-se em ser apenas divertidinho. A curiosidade fica para uma possível (e boa) passagem de bastão para a australiana porralouquinha Rebel Wilson assumir o posto na franquia, caso os produtores tenham interesse em continuar com a brincadeira.

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é publicitário, crítico de cinema e editor-executivo da revista Preview. Membro da ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, filiada a FIPRESCI - Federação Internacional da Crítica Internacional) e da ABRACCINE - Associação Brasileira dos Críticos de Cinema. Enviado especial do Papo de Cinema ao Festival Internacional de Cinema de Cannes, em 2014.
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