Crítica


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Sinopse

Uma executiva frustrada e um faxineiro bolam um roubo de diamantes da empresa onde ambos trabalham na Londres de 1960. No entanto, pairam desconfianças entre os dois.

Crítica

Como um bom aficionado por cinema, sempre estou procurando o que vai acontecer de bom pelos próximos meses. Vejo trailers de filmes que só serão lançados em um ano ou mais, busco sempre estar em todas as previews possíveis pra saber exatamente o que me aguarda e também o que esperar quando o filme de fato chega aos cinemas. Gosto de observar a reação de bilheteria e da crítica, fico atento ao boca a boca e ao que as pessoas pensam de certa atriz, ou de uma trilha sonora ou simplesmente se riram o bastante na comédia que deveria ser o hit da temporada... mas não foi.


Bem, como costumo fazer minha pesquisa com mente aberta e muito tempo de sobra (sim, só consigo parar pra executar essas tarefas em horas vagas, mas aí ocupo cada uma delas inteiramente com esse assunto), também aproveito pra observar todas as facetas da informação, como um diamante meticulosamente lapidado. E por falar em diamantes, vamos ao assunto: Um Plano Brilhante, estrelado por Demi Moore e Michael Caine em 2007, foi um desses filmes que chamou minha atenção em meio às pesquisas. Lembro de ter achado interessante ver Demi Moore fazendo algo completamente diferente em sua carreira. Aqui ela se coloca num papel mais interessante do que todos os outros que tem aceitado nos últimos anos, além de estar de fato como protagonista, depois de dez anos. Desta vez ela interpreta uma mulher independente no final dos anos 50 em Londres, com uma posição invejável na maior empresa de diamantes do mundo. Essa executiva tem que lidar com todo tipo de comportamento machista, e por isso tem que ser forte. Mas, no fundo, é sua fragilidade que dá o tom de todo filme, pois sabemos o que esperar de uma personagem como ela, já que sabemos que sua consciência está acima de qualquer outra coisa.

Esse filme poderia ter ido tão bem nas bilheterias quanto foi em relação às críticas – que não foram incríveis, mas certamente mais positivas que os lucros. Mas é mais um perfeito exemplo de longa que é lançado e passa desapercebido pela história da indústria cinematográfica. Houve uma época em que um filme estrelado por Demi Moore era responsável por levar milhões de pessoas aos cinemas, simplesmente pelo fato de ser estrelado por Demi Moore! Hoje em dia, no entanto, seu nome é mais facilmente associado à festa bacana ou o visual caprichado da semana do que necessariamente a um filme de sucesso, infelizmente. Atualmente o jogo é outro, e grande parte do público perdeu o interesse por essa atriz. O espectador agora pensa duas vezes antes de pagar um ingresso pra ir ao cinema assistir a um de seus filmes. E isso talvez se deva também ao fato de ela não ter feito praticamente nenhuma escolha positiva em sua carreira nos últimos dez ou quinze anos.


Fatos à parte, o que quero dizer aqui é que nos deixamos levar pelo o que está sendo mais comentado nos jornais e revistas e por vezes deixamos escapar um filme não muito divulgado e que é tão bom ou melhor que o que estava no topo das bilheterias na mesma época; Um Plano Brilhante é um bom exemplo. Um trabalho bem feito, com bons atores, uma história bem amarrada em uma época igualmente interessante. Por que não ir ao cinema assisti-lo? Bem, o fato é que a minha curiosidade não consegue ir tão longe pra responder essa pergunta. Acredito que um instituto de pesquisa qualquer executaria melhor essa função, mas tenho também que supor que há tantos longas sendo feitos e lançados ao mesmo tempo que fica difícil pro público acompanhar tudo ao mesmo tempo. E, eventualmente, um ou outro vai ficar de fora da luz dos holofotes. Por via das dúvidas, recomendo que continuem se informando sobre o que está à disposição e assistam a tudo que for possível. Afinal, você nunca sabe onde ou quando um diamante bruto pode estar escondido em meio à tantas pedras falsificadas.

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Jornalista, trabalha na indústria da moda e entretenimento. Após experiências em renomadas agências internacionais como Ford Models e Marilyn Agency, atualmente está na Elite Models, em Nova York, Estados Unidos. Como jornalista produziu matérias de capa para revistas como Vogue, L'Officiel, Empório e Spezzato e para o site de estilo de vida brasileiro IG Gente. Aqui o autor pretende mostrar o seu ponto de vista sobre o que acontece no mundo da sétima arte em terra estrangeira.
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