Crítica


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Sinopse

Alex, Marty, Melman, Gloria, Rei Julien, Maurice, os pinguins e os chimpanzés encontram-se na Europa, como integrantes de um circo itinerante, numa tentativa de retornar a Nova York.

Crítica

Quatro anos após Madagascar 2 (2008), a trilogia iniciada em 2005 se completa com Madagascar 3: Os Procurados, um filme em que, assim como nos dois longas anteriores, a trama serve apenas como desculpa para uma série de gags e piadas com os quatro personagens principais – um leão, uma zebra, uma girafa e um hipopótamo – e seus adoráveis coadjuvantes. Os três filmes são absurdamente parecidos, sendo que o único elemento de destaque que muda de um para o outro é o cenário onde a história se desenvolve: se no original o quarteto fugia do zoológico de Nova York e se aventurava pela cidade mais cosmopolita do mundo, no segundo o mesmo se sucedeu, mas ao invés da Big Apple tínhamos o coração da África. Agora chegou a vez do Velho Continente, e com isso o espaço se abriu para todo os clichês possíveis em relação aos europeus e seus costumes e tradições. O mais curioso, no entanto, é que apesar do ar de “já vi isso antes”, o resultado até que diverte na medida certa.

Os pinguins – os animais mais inteligentes de toda essa trupe – conseguem consertar o avião que os levara até Madagascar e partem para muita farra e jogatinas em Mônaco. Alex (o leão), Gloria (a hipopótama), Marty (a zebra) e Melman (a girafa) não demoram muito para perceberem que foram abandonados, e com o apoio dos lêmures decidem segui-los à nado! Ao chegarem nos cassinos a confusão se faz logo de saída, e parte ao encalço deles a Capitã Chantel DuBois, uma feroz e obstinada caçadora de animais que possui apenas um espaço em branco em sua coleção de empalhados – aquele destinado ao leão! E por isso ela não irá desistir de perseguir Alex e seus companheiros, nem que para isso tenha que percorrer toda a Europa.

Assim como no segundo filme, quando o conflito surgia do confronto e das diferenças entre os animais do zoológico e os selvagens que viviam nas selvas, agora esse estranhamento se estabelece entre os perseguidos e os únicos que se dispõem a ajudá-los: uma trupe circense! A foca mestre de cerimônias, a leoparda sinuosa, o tigre feroz, os cães adestrados, a ursa alienada e os elefantes equilibristas são alguns dos novos amigos que fazem pelo caminho e com os quais irão se envolver a ponto de desenvolver um novo show, algo tão grandioso e espetacular que desperte a atenção de um produtor que os leve, finalmente, de volta aos Estados Unidos. Mas será que depois de passar por tantas aventuras e excitações os quatro irão conseguir se acomodar com as vidas monótonas que levaram atrás das grades?

Colorido, dinâmico, movimentado, com um ótimo uso dos efeitos 3D e funcionando como uma metralhadora de piadas – quem piscar certamente irá perder algumas – Madagascar 3: Os Procurados consegue deixar rapidamente de lado o ar de repetição desnecessária inicial e se fortalece a ponto de garantir brilho próprio. Bastante indicado para as crianças, guarda também alguns momentos direcionados aos mais adultos, mostrando que aqui a graça não tem idade. A se lamentar apenas a decisão nacional de só lançar cópias dubladas em português, impedindo os brasileiros de conferirem os desempenhos vocais de astros como Ben Stiller, Chris Rock, David Schwimmer, Jada Pinkett Smith, Sacha Baron Cohen e Frances McDormand, entre outros. Percalço que será solucionado posteriormente no dvd, pois com certeza esse será um filme para se ter na coleção de qualquer cinéfilo fã de animações.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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