13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi
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13 Hours: The Secret Soldiers of Benghazi
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2016
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Um grupo de soldados entra em confronto com terroristas em uma base norte-americana em Benghazi, na Líbia, depois que esses últimos iniciam um ataque contra o embaixador.
Crítica
Michael Bay, definitivamente, não é um diretor chegado à sutilezas. Conhecido pela saga Transformers – que já faturou mais de US$ 3,7 bilhões nas bilheterias de todo o mundo – e por ter lançado a carreira de astros como Will Smith e Ben Affleck, o cineasta de uns tempos para cá tem tentado mostrar ao mundo que pode oferecer mais do que entretenimento passageiro e efeitos especiais vitaminados. O primeiro passo nesse sentido foi a comédia satírica Sem Dor Sem Ganho (2013). Agora ele volta a se inspirar em um fato real em 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi. Dessa vez, no entanto, deixa de lado o humor negro para apostar numa reconstituição o mais pé no chão possível. O resultado surpreende por se tratar de um trabalho com a sua assinatura, ainda que fique aquém em um ou outro aspecto.
Apesar dos trailers e dos pôsteres promocionais se basearem na figura de John Krasinski, o nome mais conhecido do elenco, essa não é uma história de heróis solitários. Na verdade, tem-se no centro da ação seis homens, de personalidades e históricos diferentes, porém iguais em um ponto: em seus comprometimentos com as responsabilidades que lhes foram designadas. Eles formam um esquadrão de elite enviado à Benghazi, na Síria, para servir à CIA e ao posto diplomático dos Estados Unidos. Este local é considerado um dos mais perigosos de todo o mundo segundo o governo norte-americano, e por isso todo cuidado é pouco. No entanto, quando rebeldes locais invadem a fortaleza e sequestram o embaixador, caberá a estes paramilitares darem o melhor de si para salvarem o maior número de vidas – além deles próprios.
Krasinski é um destes oficiais. Ao seu lado estão James Badge Dale (A Travessia, 2015), Pablo Schreiber, David Denman (O Presente, 2015), Dominic Fumusa (Golpe Duplo, 2015) e Max Martini (Cinquenta Tons de Cinza, 2015). Como se pode perceber pelos créditos de cada um, são rostos que já vimos mais de uma vez antes, porém nunca chegamos a guardar seus nomes. Bay tem a atitude correta de entregar sua trama a um time de atores competentes, porém longe do estrelato. O que importa é a história, portanto. Inclusive Krasinski, por mais que tenha um ou outro sucesso no currículo em seu nome (principalmente na televisão), se apresenta aqui bem diferente do tipo que nos acostumamos a vê-lo, de visual sarado e face sisuda. Tenta submergir no personagem, ao mesmo tempo em que o traz à vida em sua essência. O realizador força um pouco a barra neste sentido ao pincelar através de flashbacks de onde cada um destes soldados vem, suas famílias e históricos. Não chega a ser muito eficiente com todos, mas funciona na medida que os torna mais humanos, ainda que essencialmente americanos.
Pois essa é a grande questão de 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi. Por mais incrível que tenha sido o feito destes heróis, trata-se de um episódio tipicamente norte-americano. Com certeza o público de lá se colocará diante destes eventos de modo muito mais emotivo. Michael Bay também não esforça em ir num sentido contrário, deixando claro que, pela sua visão, somente aqueles que defendem a bandeira azul e vermelha – que segue lá, flamulando, ainda que maltratada por tiros e fogo – conseguiriam um resultado positivo diante de situações tão adversas. Tomadas em câmera lenta, sequências forçosamente chorosas e uma trilha sonora onipresente são elementos que chegam a comprometer. Mas no geral o conjunto é positivo ao resgatar um momento de luta contra o fanatismo. Basta deixar de lado os exageros, pois além deles tem-se um bom filme. Nada fenomenal, mas ainda assim dono de méritos próprios.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Wallace Andrioli | 4 |
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Edu Fernandes | 7 |
MÉDIA | 4 |
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