O poder de cura atrelado à música é espantoso. Exemplos reais existem para provar essa afirmação – talvez o mais conhecido no Brasil seja a miraculosa recuperação de Herbert Vianna, líder dos Paralamas do Sucesso, que através de sua aptidão musical conseguiu dar a volta por cima após um sério acidente. A musicoterapia tem se mostrado também uma boa alternativa para ajudar na comunicação entre um paciente e seus parentes, quando o elo se perde por algum acidente, doença ou trauma. Este longa-metragem, dirigido por Jim Kohlberg, mostra o caso de uma família que utilizou a musicoterapia exatamente para isso. E, no processo, atritos antigos que prejudicavam o relacionamento entre um pai e um filho são paulatinamente apagados. Na trama, ambientada na década de 1980, Gabriel (Lou Taylor Pucci) é encontrado e tratado numa clínica neurológica anos depois de ter perdido contato com os pais. Um tumor no cérebro o previne de criar novas memórias, o que deixa seu pai, Henry (J.K. Simmons), e sua mãe, Helen (Cara Seymour), sem saber o que fazer. Através de canções dos Beatles, Bob Dylan, Buffalo Springfield e, principalmente, Grateful Dead – a banda preferida do rapaz – pai e filho experimentam uma reconciliação até então impensada. Um belo trabalho de estreia de Kohlberg, conseguindo demonstrar que cicatrizes antigas podem ser curadas com um pouco de comunicação. No caso de Henry e Gabriel, esse diálogo se dá através das canções. Um grande exemplo do poder transformador que a música tem. – por Rodrigo de Oliveira

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