Esta adaptação contemporânea da obra de Agatha Christie transporta a trama de mistério dos palcos, publicada originalmente em 1933, para o universo midiático dos anos 80. A primeira sequência é um primor. A atriz Jane Wilkinson (Faye Dunaway) assiste a uma entrevista durante um programa de TV com a participação do detetive belga Hercule Poirot (Peter Ustinov) e do ator Bryan Martin (Lee Horsley). A diva é surpreendida quando assiste a ela mesma entrando em cena. Na verdade, é Carlotta Adams (Faye Dunaway, novamente), uma imitadora que logo se revela ao público. Todos são convidados a jantar na casa de Wilkinson, que tem como objetivo pedir ajuda a Poirot para que ele interceda no seu pedido de divórcio do Lorde Edgware, que só recusa assinar os papéis há anos. O detetive belga se surpreende quando encontra o tal lorde e este afirma que vai entrar com o processo de separação no dia seguinte. Só que o homem aparece morto, assim como Carlotta. Antes, Jane afirmara que se livraria do marido de qualquer forma. Mas será que ela se incriminaria tanto? O jogo é lançado tendo como pista principal um jantar com treze pessoas, ocorrido na noite do crime. O telefilme segue o modelo padrão dos longas de mistério, sem grandes novidades, mas é interessante pela trama clássica de whodunit com uma ótima performance ambígua de Faye Dunaway e, claro, Ustinov numa de suas seis aparições como o clássico personagem de Christie.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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