Entre os personagens criados pelo escritor Tom Clancy, não resta dúvida de que o mais famoso é Jack Ryan, habilidoso analista da CIA envolvido na solução dos principais ataques terroristas contra os Estados Unidos. No entanto, outro personagem de destaque apareceu com frequência nas histórias de Ryan, até ganhar um filme próprio: trata-se de John Clark.

Enquanto o analista se envolve em poucas cenas de ação, Clark representa os músculos da Divisão de Inteligência do governo. Ex-agente da marinha dos Estados Unidos, ele coordena equipes de militares responsáveis pelo serviço antiterrorista do país. O personagem foi retratado nos cinemas pela primeira vez em Perigo Real e Imediato (1994), na pele de Willem Dafoe. Anos mais tarde, foi encarnado por Liev Schreiber em A Soma de Todos os Medos (2002). No entanto, o personagem sempre se encontrava em posição de coadjuvante.

John Clark, cujo nome real é John Terence Kelly (o militar é obrigado a mudar de nome por questões de segurança), torna-se protagonista pela primeira vez em Sem Remorso (2021), através do ator Michael B. Jordan. Esta história de origem do personagem explica seus traumas, a passagem pela prisão e o envolvimento nos conflitos entre Estados Unidos e Rússia. A produção acena à possibilidade de Jack Ryan integrar a franquia autônoma do colega num próximo filme. Descubra abaixo as informações sobre os filmes da saga:

 

 

Sem Remorso
Without Remorse, Estados Unidos, 2021
Ação, Aventura, Guerra, 109 min.
De Stefano Sollima
Com Michael B. Jordan (John Kelly), Jamie Bell, Jodie Turner-Smith, Guy Pearce, Lauren London, Cam Gigandet
Sinopse: Quando a esposa de John Kelly é assassinada por agentes russos, o militar não mede esforços para encontrar os responsáveis e se vingar. No entanto, durante as investigações, descobre um esquema de corrupção envolvendo as altas cúpulas dos governos dos Estados Unidos e Rússia.
Bilheteria mundial: Não contabilizada. Lançamento em streaming.
Nota IMDb: 5,8/10
Nota Metacritic: 42%
Nota Rotten Tomatoes: 44%
Nota Papo de Cinema: 3/10
Nossa crítica: “Se o espectador pudesse parar por um minuto para respirar, perceberia o quão absurdas são as situações. Por isso, o projeto o impede de parar: há granadas e snipers a cada esquina”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.

 

 

A Soma de Todos os Medos
The Sum of All Fears, Estados Unidos/Alemanha/Canadá, 2002
Ação, Suspense, 124 min.
De Phil Alden Robinson
Com Liev Schreiber (John Clark), Ben Affleck, Morgan Freeman, Ciáran Hinds, James Cromwell, Colm Feore
Sinopse: Trabalhando como analista da CIA, Jack Ryan descobre os planos de um grupo neonazista que pretende detonar uma bomba durante um jogo de futebol americano. Ele precisa impedir estes planos que podem despertar uma guerra entre EUA e Rússia.
Bilheteria mundial: US$ 193 milhões
Premiação: Vencedor do prêmio de melhores efeitos visuais no Visual Effect Society Awards.
Nota IMDb: 6,4/10
Nota Metacritic: 45%
Nota Rotten Tomatoes: 59%
Nota Papo de Cinema: 6/10
Nossa crítica: A Soma de Todos os Medos é, em última instância, praticamente um remake de A Caçada ao Outubro Vermelho. O inimigo é o mesmo – os russos – assim como Jack Ryan – que nunca chega, literalmente, a partir para a ação”. Leia na íntegra o texto de Robledo Milani.

 

 

Perigo Real e Imediato
Clear and Present Danger, Estados Unidos/México, 1994
Ação, Drama, 141 min.
De Phillip Noyce
Com Willem Dafoe (John Clark), Harrison Ford, Anne Archer, Benjamin Bratt, Thora Birch, Joaquim de Almeida
Sinopse: Promovido ao cargo de Diretor de Inteligência da CIA, Jack Ryan precisa solucionar o caso de um assassinato cometido contra amigos do presidente norte-americano por chefes dos cartéis de drogas colombianos.
Bilheteria mundial: US$ 215 milhões
Premiações: Indicado a 2 Oscars: melhor som e melhores efeitos visuais.
Nota IMDb: 6,9/10
Nota Metacritic: 74%
Nota Rotten Tomatoes: 80%
Nota Papo de Cinema: 7/10
Nossa crítica: “Se Phillip Noyce revela pouca familiaridade nas cenas de ação, por outro lado confirma seu talento nas cenas de suspense, com uma tensão inteligente e crescente”. Leia na íntegra a crítica de Robledo Milani.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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