Hoje em dia são comuns os filmes de super-heróis. Mas em 2002 a coisa não era bem assim. Aliás, quando Homem-Aranha chegou aos cinemas o mercado era um grande descampado, pronto para ser fertilizado pela nova tendência na seara dos blockbusters. E é praticamente inegável que a realização de Sam Raimi tem um papel fundamental nessa verdadeira mudança de paradigmas. Como Peter Parker foi escolhido Tobey Maguire, não necessariamente uma aposta óbvia para o papel. Na esteira de X-Men: O Filme (2000), tivemos, então, a apresentação da origem do aranha, com a fatídica morte do Tio Ben, as dúvidas iniciais, os dilemas que sobrevém à constatação de que grandes poderes trazem grande responsabilidades. Mas, além da qualidade da direção, essencial ao êxito do todo, o elenco consistente também pode ser entendido como uma força evidente desse conjunto. Afinal de contas, além de Maguire, há Kirsten Dunst como a indefectível Mary Jane, J.K. Simmons como J. Jonah Jameson e James Franco como Harry Osborn. Há, também, Willem Dafoe como o Duende Verde. E qual produção pode se dar ao luxo de ter uma estrela dessas como antagonista? Enfim, finalmente tínhamos o amigão da vizinhança se balançando por Nova Iorque num dos melhores longas-metragens baseados nos quadrinhos.
:: Média 7,8 ::

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.