O Papo de Cinema foi um dos únicos veículos de todo o Brasil convidados para uma sessão prévia exclusiva com cerca de 20 minutos do novo e aguardado Planeta dos Macacos: O Confronto, superprodução que estreia nos Estados Unidos neste fim de semana (dia 11 de julho) e no Brasil apenas no final do mês, no dia 24. Essa sessão reservada apenas para um grupo selecionado aconteceu em 04 de julho – ou seja, com vinte dias de antecedência ao seu lançamento nacional.

Atores interpretam os macacos que serão criados divinalmente a partir destes movimentos

Antes de qualquer cena ser exibida, o ator Andy Serkis apareceu no telão, saudando os presentes e explicando o que iríamos assistir em seguida. Os vinte minutos a serem projetados não seriam correspondentes às sequências iniciais do filme – o que muitos temiam, aliás, pois revelaria muito pouco e apenas estragaria as surpresas para quando fôssemos assistir ao longa na íntegra. Pelo contrário, a Fox Film e o diretor Matt Reeves (de Cloverfield: Monstro, 2008, e do remake Deixe-me Entrar, 2010) escolheram cenas diversas e aleatórias que revelassem os primeiros indícios do trabalho dos atores, o uso dos efeitos especiais – o grande destaque da produção, afinal estamos falando de um filme estrelado por macacos 100% digitais – e o emprego da tecnologia 3D. O resultado, ao menos nesse primeiro momento, é impressionante.

Jason Clarke, protagonista de Planeta dos Macacos: O Confronto

Serkis, o maior nome em Hollywood no uso de movimentos digitalizados, responsável por personagens marcantes como Gollum, da saga O Senhor dos Anéis, pelo protagonista de King Kong (2005) e pelo Capitão Haddock de As Aventuras de Tintim (2011), está de volta com mais uma de suas maiores criações: Caesar, o macaco que irá liderar a revolução dos símios contra os humanos. Sua primeira aparição foi em Planeta dos Macacos: A Origem (2011), longa do qual este é uma sequência imediata. Planeta dos Macacos: O Confronto, no entanto, não possui nenhuma relação com nenhum dos cinco filmes lançados entre 1968 e 1973, e muito menos com o malfadado Planeta dos Macacos (2001), a frustrante versão dirigida por Tim Burton.

Imagem dividida mostra o uso dos efeitos especiais digitais

As primeiras cenas exibidas dividiram a tela ao meio, e enquanto o lado esquerdo exibia os atores com toda a aparelhagem técnica que os cercava, o lado direito revelava o produto já finalizado, com os efeitos completos tal qual serão exibidos nos cinemas do mundo inteiro – um visual incrível. Em seguida, em passagens ainda não inteiramente processadas, acompanhamos o elenco humano – liderados por Jason Clarke, Keri Russell e Kodi Smit-McPhee – em seus primeiros contatos com estes macacos inteligentes, rebelados e soltos na floresta. Um encontro em uma trilha a esmo dá início a um conflito sem precedentes, com um macaco atingido e homens desesperados em busca de um abrigo. A quantidade de animais que os cercam repentinamente é de deixar qualquer um com frio na espinha.

Filmagens com os atores que serão substituídos por macacos digitais montados nos cavalos

Em seguida, num centro médico, presenciamos a participação de Gary Oldman, como um dos pesquisadores que deseja eliminar a ameaça que os macacos representam. Eles estão no meio de uma cidade aos pedaços, e enquanto debatem o que fazer são surpreendidos por uma horda de animais que combinam selvageria com estratégia. Os comandantes – com Caesar à frente – estão montados em cavalos, e chegam com dois objetivos: revelar sua inteligência e perigo, ao mesmo tempo em que buscam evitar um embate que resultaria em perdas para os dois lados. Os macacos querem paz, os homens estão prontos para a guerra. Qual lado está fazendo melhor uso da razão?

Macaco subestimado desarma humanos em sequência eletrizante

A sessão prévia e exclusiva termina com uma sequência que seria um ótimo teaser-trailer. Dois humanos armados estão descansando em um galpão quando um chipanzé entra no ambiente, caminhando em direção deles. Se no primeiro momento eles se assustam, apontando as armas na direção do animal, logo esse os relaxa com suas macaquices e brincadeiras. Despreparados, o subestimam sem ressalvas, o que acaba com a tomada das metralhadoras pelo bicho esperto e ágil, que os assassina sem perdão. Um passo inicial para o começo da guerra entre as raças ou apenas consequência do caos já instaurado? Em qual ponto da trama esse momento irá se encaixar, assim como a relação entre todos os personagens e os envolvidos dos dois lados são apenas muitas das tantas perguntas que esse preview inédito de Planeta dos Macacos: O Confronto provocou entre os jornalistas. O que sabemos, no entanto, é que as expectativas são altas. E que vença o melhor!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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