Cachorros sempre foram os animais preferidos para os cinéfilos fãs de um animal de estimação. São inúmeros os títulos que exploram, na maioria das vezes de modo bastante emocionante, essa relação de afeto, carinho e companheirismo. E se muitas dessas produções foram feitas em Hollywood, aproveitando o apelo de grandes astros ao lado de bichos tão espertos que mais parecem gente como nós, poucas vezes presenciamos bons exemplos dessa amizade canina em longas brasileiros. Pois esse cenário está prestes a mudar com a estreia, nessa semana, da comédia romântica Mato Sem Cachorro, que contou com as participações fundamentais dos treinadores de cães Tracy Kelly (de Sempre ao seu Lado, 2009) e Shawn Webber (de Como Cães e Gatos, 2001). Aproveitando também a ocasião, fizemos uma investigação para descobrir, em até seis graus de separação, quais as ligações entre o filme nacional e o longa de maior sucesso em Hollywood neste gênero, o comovente Marley & Eu, de David Frankel. Confira!

 

01. Marley & Eu (2008)
David Frankel, após o sucesso conquistado com O Diabo Veste Prada (2006), decidiu comandar a adaptação cinematográfica do best-seller de John Grogan, baseado em sua experiência real com um travesso – porém adorável – labrador. O filme arrecadou mais de US$ 242 milhões nas bilheterias de todo o mundo (é o maior sucesso de público de toda a história neste subgênero), e à frente do elenco, como os donos do arrebatador e irresistível Marley, estavam Jennifer Aniston e Owen Wilson

02. Meia-Noite em Paris (2011)
Owen Wilson já foi indicado ao Oscar (pelo roteiro de Os Excêntricos Tenenbaums, 2001), atuou como dublador (Carros, 2006), estabeleceu importantes parcerias com astros como Ben Stiller e Vince Vaughn, contabilizou alguns sucessos (Penetras Bons de Bico, de 2005, faturou mais de US$ 209 milhões apenas nos EUA) e outros tantos fracassos, mas poucas vezes apareceu tão natural – e num projeto tão respeitado – como quando foi dirigido pelo genial Woody Allen neste longa vencedor do Oscar (Melhor Roteiro Original). O melhor é que Wilson aqui era o protagonista, liderando um elenco de nomes de respeito, como Rachel McAdams, Marion Cotillard, Kathy Bates, Adrien Brody e Tom Hiddleston

03. Amor Profundo (2011)
Tom Hiddleston conquistou o público e a crítica ao interpretar o vilão Loki nos sucessos baseados nas histórias em quadrinhos da Marvel Thor (2011) e Os Vingadores (2012). Antes disso, no entanto, já havia mostrado sua versatilidade em filmes muito diferentes destas fantasias de super-heróis, como Meia-Noite em Paris, o drama Cavalo de Guerra (2011), de Steven Spielberg, e neste drama dirigido por Terence Davies, em que aparece como o par romântico de Rachel Weisz

04. 360 (2011)
Rachel Weisz foi indicada ao Globo de Ouro como Melhor Atriz em Drama por viver essa trágica mulher apaixonada. Antes disso, no entanto, ela havia conquistado respeito e a atenção de todos ao ganhar o Oscar como Atriz Coadjuvante por O Jardineiro Fiel (2005), drama de espionagem dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, o mesmo com quem voltaria a trabalhar nessa obra cíclica em que aparece como a esposa infiel de Jude Law, a quem trai com o amante vivido por Juliano Cazarré

05. Nome Próprio (2007)
Juliano Cazarré saiu do interior do Rio Grande do Sul para conquistar a atenção de espectadores de todo o Brasil e do mundo com filmes como Tropa de Elite (2007), seu primeiro sucesso, e o próprio 360, sua primeira produção internacional. Entre os dois ele participou de títulos provocativos e premiados, como Bruna Surfistinha (2011), A Festa da Menina Morta (2008) e este aqui baseado no livro de Clarah Averbuck, em que aparece como um dos interesses românticos da protagonista vivida por Leandra Leal

06. Mato Sem Cachorro (2013)
Leandra Leal é uma das atrizes mais premiadas de sua geração, já tendo sido premiada duas vezes no Festival de Gramado e também nos festivais do Rio, Recife, Miami, Cuiabá, Biarritz e no Grande Prêmio Brasil de Cinema. Mas ela sabe se divertir também, como mostra nessa comédia romântica em que disputa com um carismático Bruno Gagliasso, após a separação do casal, a guarda do cachorro de estimação dos dois, um animal simpático e afetuoso, porém com uma característica toda especial: ele desmaia sempre que fica muito excitado! Um diferencial que garante boas risadas – e algumas situações bastante inusitadas!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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