Marieta Severo ficou nada menos que 13 anos interpretando a Dona Nenê, a matriarca dessa família absurda, porém irresistível, todas as semanas, na televisão. Esse sucesso, é claro, não poderia passar desapercebido. E, em 2007, quando já estava há seis anos no ar, eis que sua versão cinematográfica chegou às telonas, permanecendo dois meses em cartaz e levando quase dois milhões de brasileiros aos cinemas. Ou seja, não bastava acompanhá-la na telinha, o público queria mais. E o filme dirigido por Mauricio Farias cumpriu à perfeição o que dele era esperado. Ao lado de antigos colegas, como Marco Nanini, Lúcio Mauro Filho, Andréa Beltrão, Pedro Cardoso e Guta Stresser, Marieta ainda demonstra desenvoltura ao lado de recém-chegados como Paulo Betti e Dira Paes, deixando claro que sua personagem é muito mais do que um texto a ser decorado: é uma persona que, definitivamente, fará para sempre parte de sua vida. É ela, portanto, que dá cara à mãe que todo mundo quer ter à sua espera, aquela que dá guarda e carinho, atenção e reprimenda na medida certa. Mais do que o filme ou a série, Dona Nenê é um orgulho nacional, e ninguém menos do que Marieta Severo para defendê-la com toda a sua garra e talento.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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