Quando foi anunciada a produção deste longa-metragem dirigido por Sacha Gervasi, muitos ficaram curiosos para conferir o que Anthony Hopkins faria no papel principal. As primeiras fotos começaram a sair e o perfil protuberante do Mestre do Suspense havia sido conseguido de forma aparentemente brilhante pela equipe de maquiagem. Bastou o filme estrear, no entanto, para vermos que Hopkins acabou soterrado por próteses, não entregando o seu habitual. Quem esperava, portanto, que o destaque do filme seria, como de praxe, seu protagonista, teve uma agradável surpresa com uma notável coadjuvante. Na verdade, não chega a ser novidade que Helen Mirren roube a cena em cada papel que defenda. Mas, neste filme, a inesquecível Rainha brilha intensamente como Alma Reville, companheira da vida de Alfred Hitchcock. Com personalidade forte e dom artístico aguçado, Alma não era apenas a mulher por trás do homem – naquele clichê ultrapassado. Ela era mais. Era quem colocava Hitchcock em xeque, quem o apoiava e desafiava na mesma medida. Embora o filme se dê algumas liberdades estranhas, Mirren consegue realçar cada uma das passagens que atua com sua costumeira presença marcante. Tal atuação não passou incólume pelos prêmios, inclusive. Mesmo que tenha sido esquecida pelo Oscar, outras prestigiosas premiações fizeram questão de colocá-la como indicada a Melhor Atriz. Foi o caso do Globo de Ouro, BAFTA e o Screen Actors Guild. – por Rodrigo de Oliveira

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