Por trás de cada bomba lançada numa guerra, existem vítimas e os responsáveis por puxar o gatilho. Porém, raramente uma obra se detém nos pormenores dessa relação, que apesar de envolver tantas pessoas, com o avanço tecnológico, tem se tornado cada vez menos humana. Quando uma pessoa perdida deixa de ser tragédia e torna-se casualidade, uma baixa prevista, qual passa a ser o objetivo de combater um inimigo que, supostamente, quer tirar vidas de inocentes também? É com um dilema assim que a coronel Catherine Power (Helen Mirren) se depara ao encontrar um terrorista perigoso e ter a chance de lançar um míssil ao local onde ele está, pois, logo do lado de fora e dentro do raio da explosão há uma garotinha vendendo pães. As implicações éticas, morais e humanas por trás dessa decisão correm do alto escalão britânico, passando por um general vivido por Alan Rickman (em sua última aparição nas telonas), até o subalterno piloto do drone atirador de Aaron Paul e um agente local que ganha a pele de Barkhad Abdi. O elenco coeso é encabeçado por nossa homenageada que, embora protagonista, não defende a mais pacífica das soluções. A coronel ganha de Mirren todo seu potencial à austeridade, numa performance dura e fria. O filme é tenso e muito bem conduzido por Gavin Hood, que no passado foi o responsável por coisas como X-Men Origens: Wolverine (2009). – por Yuri Correa

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