Carlos Quintela é um dos grandes nomes do cinema cubano contemporâneo. Pena que, para continuar na atividade e seguir na busca por novos desafios, precisou sair do seu país. Morando há mais de dez anos fora de Cuba, há uns quatro mantém residência física em Madri, na Espanha. Após ter realizado longas exibidos e premiados por todo o mundo, como A Piscina (2012) e A Obra do Século (2015), deu início a esse processo de descobrir o mundo em 2016, quando recebeu um convite muito especial: realizar o seu próximo filme no Japão! E não foi qualquer um que lhe propôs esse desafio: foi a consagrada cineasta Naomi Kawase! O resultado é Os Lobos do Leste (2017), longa que conta até com coprodução brasileira – a finalização foi toda feita por aqui. Além disso, é um filme que dialoga diretamente com um dos clássicos do cinema feito durante a Revolução Cubana. Curioso, não? Para saber mais sobre toda essa história, na frente e atrás das câmeras, nós conversamos direto com o cineasta, que nos recebeu em um bate-papo direto via Google Meet de quase uma hora. E tudo o que tinha a compartilhar sobre esse projeto você confere a seguir:

 

Olá, Carlos. Como o projeto de Os Lobos do Leste chegou até você?
Esse filme nasceu não de uma ideia minha, mas de uma proposta que me fizeram. Três anos antes das filmagens, estive no Festival de Nara, no Japão, com meu primeiro filme, A Piscina. Acontece que fui premiado na ocasião, e a Naomi Kawase, que dirige o festival, ficou com o meu nome em mente. Dois anos depois, entrou em contato para me fazer um convite: queria que dirigisse um projeto na região de Nara, em Higashiyoshino – o mesmo lugar onde ocorre a história. Por necessidade criativa, comecei a me dedicar a essa ideia, tentando torná-la mais ambiciosa do que um simples retrato ou impressão do lugar. O desafio era realizá-lo em apenas onze meses, para que estivesse pronto para o festival do ano seguinte. Gostei do que havia sido proposto, assumi também como coprodutor e passei a me dedicar ao roteiro.

Como foi para um cubano criar uma história ambientada no Japão?
Éramos três cubanos envolvidos nesse roteiro. Ao todo, fomos e voltamos de lá umas quatro ou cinco vezes, até nos inteirarmos bem do local. Consumimos a maior parte do tempo nesse processo, tanto que as filmagens duraram apenas 16 dias.

 

Você já conhecia o cinema de Naomi Kawase? Como foi seu primeiro contato com ela?
Nós nos conhecemos durante esse festival no Japão. Claro, havia visto os filmes dela, e posso dizer que é uma cineasta que acabou influenciando a minha maneira de olhar no cinema. A admirava, acima de tudo, por ser muito forte. Quando você conhece o contexto japonês, se dá conta de que para uma mulher é duas vezes mais difícil trabalhar como realizadora em um país como esse. Além de tudo, é também uma ótima contadora de histórias, que sabe lidar com as imagens.

 

Como foi o relacionamento entre vocês durante as filmagens?
Nossa relação foi sendo construída com o passar dos anos. Havia um abismo cultural entre nós, e tínhamos pouco tempo para limar essas arestas. Foi difícil chegarmos a um entendimento comum e descobrir como poderíamos colaborar um com o outro. Sinto que aprendemos no meio do processo. E mesmo depois das filmagens, após à estreia e mesmo com anos tendo se passado, nossa ligação continuou a se desenvolver. Sinto que nos respeitamos mutuamente, e isso é muito importante. Tivemos grandes discussões, tanto criativas como de outras ordens, mas no fundo foi graças à iniciativa dela que a minha caligrafia fílmica melhorou muito. A experiência japonesa foi uma escola. Trata-se de um país milenar, e a gente sente isso quando está lá. Cuba, por sua vez, é muito recente. Então, é lógico que a gente leve tempo até se entender. Por outro lado, há pontos em comum. Afinal, ambos são ilhas, arquipélagos. Há muitas coisas que nos aproximam, mas que também nos afastam.

 

Foi uma indicação dela a escolha de Tatsuya Fuji para viver Akira, o protagonista de Os Lobos do Leste?
Tatsuya Fuji, ou Fuji-san, como dizemos carinhosamente, foi um grande presente. Quando estávamos procurando quem poderia protagonizar o filme, confesso que não chegamos a pensar nele num primeiro momento. Mas isso porque, do meu ponto de vista, seria quase impossível consegui-lo. A Naomi que teve a ideia e foi bem-sucedida em trazê-lo ao projeto. Havia feito antes um filme com ele, e daí veio a conexão. E foi uma escolha acertada. O que sinto é que ele é o filme. Os Lobos do Leste foi feito por ele, e para ele.

 

Ele é um verdadeiro ícone do cinema japonês.
Esse foi um filme que sofreu muitos “acidentes” até ficar pronto. Entre o roteiro e as filmagens, por exemplo, havia um personagem no texto que precisou ser eliminado. Como não foi possível substituí-lo, suas falas e ações precisaram ser incorporadas aos demais personagens, principalmente no Akira de Tatsuya. Lembro que fui falar com ele a respeito e explicar a situação, pedindo que me ajudasse. Afinal, saberia que ficariam lacunas na narrativa que teriam que ser preenchidas. Precisaria da colaboração dele para que o projeto fosse finalizado. Lembro que olhou bem sério para mim e disse: “isso não é problema meu” (risos). Porém, continuou: “mas tu és o meu imperador, e eu me entrego”. Foi emocionante, pois, sem deixar de ser quem ele é, conseguiu me dar um abraço, ao mesmo tempo em que me apunhalava (risos). Sinto que foi nesse momento que houve o “clique” entre nós.

Carlos Quintela e Tatsuya Fuji, no set de Os Lobos do Leste

Como foi o relacionamento entre vocês durante as filmagens de Os Lobos do Leste?
Posso dizer que se entregou por completo. A partir desse momento, começamos a nos entender muito bem. Foi uma das pessoas com quem melhor me relacionei durante a minha estada em Higashiyoshino. É alguém que gosto muito, mesmo que a gente nunca mais se veja. É um dos grandes, com certeza. É um homem do cinema. Há atores que simplesmente sabem estar em cena. Lembro da vez que, antes de começarmos a filmar, ele chegou até mim e disse: “quando for gritar ‘ação’, por favor, grite bem alto, pois preciso sentir a alma do personagem se apossando de mim”. Foi um momento especial ouvir isso dele.

 

Você contou com um tradutor no set ou precisou aprender japonês para as filmagens?
Cheguei a estudar um pouco japonês, claro, pois precisava dominar ao menos o básico da língua. Mas, sim, no dia a dia contava com um tradutor. Ele falava “paquistanês-japonês”, e eu em “espanhol-inglês”, então era meio truncado, mas acho que funcionou. E aquela região não fala um japonês limpo, possuem um dialeto próprio, que deixava tudo ainda mais complicado. Foi um trabalho intenso.

 

Sempre se perde algo na tradução, não?
Digamos que não foi como fazer um filme às cegas, entende? Mas, sim, tive que me concentrar no que era de fato importante em cada cena. Os detalhes também foram trabalhados, mas eram deixados mais ao acaso. O filme em si é uma impressão. Sou um diretor do outro lado do mundo, que cresceu em um país completamente diferente. Portanto, contar algo em japonês era muito absurdo. É como se fosse um filme cubano feito a partir de materiais milenares. Os Lobos do Leste, no fundo, representa como eu, um diretor cubano, olhava para Cuba estando lá no Japão. Foi uma oportunidade de olhar para o meu país estando no leste.

 

Imagino que essas contradições devem ter servido de guia para vocês desde o início do projeto, não?
Escrever e rodar um filme em japonês não foi fácil, posso afirmar. Construímos uma história que tem seu núcleo no Japão, os atores são daquela região de Higashiyoshino, mas a alma é de um filme cubano. Talvez, tentando ver a essência de Cuba. É um filme sobre convicções e as consequências dessa postura. Foi uma aventura e um exercício, uma experiência única, que nunca mais se repetirá. É um filme que me permite regressar. Os outros que fiz não me permitiram isso. Portanto, penso que são processos que não terminam. É como se houvesse algo escondido que está tentando nascer. É um filme cubano-japonês, mas a parte japonesa está à vista, e a cubana está se esforçando para se manifestar.

 

No material de divulgação de Os Lobos do Leste, você afirma que o “o ponto de partida” foi o filme A Noiva de Cuba (1969), de Kazuo Kuroki.
Para realizar Os Lobos do Leste, precisava, como diretor cubano, algo com o qual me agarrar. Havia assistido à A Noiva de Cuba na escola de cinema, quando era ainda estudante, em Havana. Lembro de ter gostado bastante, principalmente pelo seu lado artesanal. Era como se as intenções do filme estivessem por cima do que havia sido filmado. Não era um longa turístico, mas, ainda assim, havia um deslumbramento pelo cenário. Foi filmado em 1968, em Cuba, quando a Revolução tinha apenas oito anos. Havia uma efervescência muito grande do país.

Cena de Os Lobos do Leste

Você lembra da história de A Noiva de Cuba?
A trama tem como protagonista um marinheiro japonês que vai a Cuba e se encanta por uma garota de lá. Os dois estão muito apaixonados. Porém, a moça decide não continuar com o romance e permanecer em Cuba – ele queria levá-la embora – para se envolver no processo da Revolução Cubana. Portanto, ela decide apostar no país, e não no amor. Era uma coisa muito daquela época, isso de investir num projeto coletivo, ao invés da felicidade individual. Esse foi o único filme feito em Cuba naquela época com essas condições, com um olhar estrangeiro.

 

Qual a relação desse filme com Os Lobos do Leste?
Pensei em fazer o mesmo, só que ao contrário. Iria até o Japão e devolver o gesto. A ideia era inventar uma história com o mesmo personagem – por isso que é dito que Akira, muitos anos antes, havia sido marinheiro e viajado por todo o mundo – cinquenta anos depois, dessa vez na terra natal dele. Encontrei pontos em comum entre os dois lugares. Você pode ver traços de Fidel Castro no Akira. Me interessava explorar esses caminhos. Como um marinheiro, agora tornado caçador, fosse ao Japão para desenvolver um sistema muito cubano, quase socialista.

 

Esse foi o teu primeiro filme fora de Cuba, certo?
Exatamente. Faz muitos anos que estou vivendo fora de Cuba, mas quando morava lá, havia coisas que não me dava conta. Pois estava dentro de mim, é preciso se afastar para poder perceber melhor certos detalhes.

 

Há trechos de A Noiva de Cuba em Os Lobos do Leste. O que o motivou a fazer isso?
A Noiva de Cuba é um filme pouco conhecido, somente quem realmente estuda e se dedica ao cinema conhece. É por isso que inseri trechos dele em Os Lobos do Leste, principalmente no final, pois a comunicação entre os dois é muito forte. Mais do que uma homenagem, se tratava de devolver o gesto, como disse antes. Ele foi o primeiro japonês a fazer um filme um Cuba, e sou o primeiro cubano a fazer um filme no Japão. Por isso tentei aproveitar o impulso dele para também sair e contar algo.

 

Um filme japonês feito em Cuba ou um filme cubano feito no Japão? Qual representou o maior desafio?
Creio que ambos os casos foram complicados. Os dois filmes são acidentes, me entende? Existem por um fator casual. Não havia pensado antes, é uma pergunta muito boa. Sinto no filme dele algo similar ao que aconteceu com o meu. Eles se unem no fato de que os dois realizadores estavam fazendo algo a partir da impressão que tiveram a partir destes lugares que eram novos a eles. São longas que não poderia ter sido feitos de outra maneira. Há um valor documental neles. Quando Kuroki chegou em Cuba, a revolução havia recém começado, era um país convulso. Portanto, lhe foi possível assimilar esse momento e inserir na história que queria contar. Eu queria fazer uso desse mesmo espírito e adicioná-lo ao meu filme. Foi nessa região do Japão onde se viram pela última vez os lobos, e me comparo com esse último lobo. A figura desse animal se assemelha a uma utopia, há algo nele que irradia o que comecei a ver nessa relação. Afinal, não fiz um filme em um lugar onde está acontecendo uma revolução, mas numa região onde havia lobos, que agora eles mais existem. Lobos que foram assassinados pelo próprio povoado. Por medo, ignorância. Esse é um elemento que se manteve durante esse tempo. Queria aproveitar essa energia.

Naomi Kawase e Tatsuya Fuji, no set de Os Lobos do Leste

O que a figura do lobo representa para Akira, para você e para o cinema como um todo?
Para Akira, os lobos não podem estar mortos. Aceitar que podem estar mortos é desistir dessa utopia. Há uma dicotomia entre os métodos que usam para manter viva essa busca e a possibilidade de que realmente existam os lobos. Para ele, não são apenas animais. Representam muitos outros significados. Principalmente, essa mulher que ele conheceu e perdeu tantos anos atrás.

 

Os Lobos do Leste é um filme muito masculino. Quase não há mulheres em cena. Isso foi proposital?
Posso dizer que sim. Todos os meus filmes são muito masculinos. Tenho interesse em explorar a masculinidade e entender melhor essas obsessões. E como o masculino transforma as coisas, tanto para o bem, quanto para o mal. Isso está nesse filme, e também em A Obra do Século (2015), meu longa anterior. É algo que me atrai. Quero compreender essas obsessões, que penso ser algo que todos nós temos. Há muito sobre isso nessa história.

 

Em teus filmes anteriores, A Piscina e A Obra do Século, você assume uma postura de observador, acompanhando os atos dos personagens à distância. Os Lobos do Leste representa uma mudança na tua forma de fazer cinema ou seria uma consequência natural dessa postura?
Esse foi um filme muito pessoal para mim. Se parece com os meus longas anteriores. Afinal, há quem diga que fazemos sempre os mesmos filmes, não? Como disse antes, Os Lobos do Leste é um filme cubano feito a partir de elementos milenares. O Japão me deu essa oportunidade. Esse lobo que não está mais ali, mas que viveu naquele lugar anos atrás, o idioma, o modo de falar sobre algo que não existe mais, e, acima de tudo, a forma como o espectador é levado a crer, assim como uma criança acredita no seu avô. Aproveito tudo isso para contar a minha história.

 

Qual a principal característica do teu cinema?
Os Lobos do Leste, assim como A Piscina ou A Obra do Século, são muito geográficos. A minha preocupação é fazer de cada filme um pequeno ecossistema e observar como ele funciona. Vendo tanto tempo depois, posso dizer que A Piscina surge como um reflexo do ânimo das pessoas naquele momento, a partir da maneira como observei a realidade ao meu redor. Hoje, penso que é muito mais político do que na época em que foi feito. E veja bem, foi feito por um garoto de pouco mais de vinte anos, que talvez nem estivesse consciente de determinadas coisas. Não é que tivesse a intenção de mascarar Cuba, mas era algo que acabava se manifestando. Eram personagens muito singulares, comprimidos num mesmo espaço.

Carlos Quintela e o diretor de fotografia Yukata Yamazaki

A Obra do Século, teu filme seguinte, também parte de um ponto semelhante.
Em A Obra do Século, a geografia é a mesma, mas o que é adicionado à mistura é um tipo de arqueologia. É quando se retorna a um lugar onde um acidente aconteceu, como que para reafirmar as consequências dessa utopia. O que se vê e se começa a construir nesse lugar são restos de um sonho que acabou. Cuba sempre quis ser mais do que uma ilha, e esse é o resultado de tal ambição. Algo marcado por uma masculinidade férrea, que finge ser mais do que é de fato. É o que acontece por querer ser o maior em tudo, até mesmo em termos nacionais.

 

Seria uma trilogia, portanto?
Os Lobos do Leste representa o fim dessa busca. É um filme sobre convicções, como disse antes. Sobre acreditar em algo e ser inconsequente a partir disso, de colocar essa crença acima das ideologias. Esse é um filme que marca a minha emigração, pois não moro mais em Cuba, e meus próximos trabalhos também não serão mais feitos por lá. É algo que vem de longe, e que enfim parece que se completa.

 

Já esteve no Brasil?
Estive algumas vezes no Brasil. Infelizmente, não nos festivais pelos quais meus filmes foram selecionados. Passei uns dois meses no Rio de Janeiro, no Jardim Botânico. Era como se fosse um morador da cidade, um período incrível. Também passei um período em São Paulo, participando de um projeto. Brasil é um lugar que gosto muito, tenho ótimas recordações. Estive também durante as Olimpíadas de 2016, é foi o único lugar do mundo onde me perguntaram no aeroporto se eu era um atleta olímpico (risos). Isso me deixou feliz, tanto que fui e comprei uma medalha. Mas de bronze, pois uma de ouro seria demais. Andava com a medalha no peito durante aqueles dias, foi muito divertido.

 

Conhece o cinema brasileiro?
Sim, e gosto muito. Particularmente, nesse momento, tenho andado encantado pelo cinema de Karim Ainouz. Os filmes dele e do Marcelo Gomes me marcaram muito. Por exemplo, o último que vi era aquele sobre as irmãs que trocam cartas. Como se chama mesmo? A Vida Invisível (2019), que é maravilhoso! Vi em um pequeno cinema em Minsk, na Bielorrússia, e foi uma experiência espetacular. Outro que gosto também é Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009), que os dois fizeram juntos. É muito poderoso. Tem um dos grandes finais do cinema nesse século, com aquele homem saltando ao mar. É a metáfora perfeita do sentimento do amor em apenas um plano. Se não salta, não se arrisca, será difícil conter tudo que uma paixão pode te oferecer. O amor passa por esse salto, por assumir riscos. Ao mesmo tempo, é muito moderno, quase ecológica no sentido de que converte planos e imagens, personagens e diálogos, que talvez não fossem utilizadas num cinema mais clássico. Ele faz tudo isso com cores distintas, não harmônicas num primeiro momento, mas que aqui funcionam. É quase como um céu reciclado. Tudo em função de uma grande história de amor. São esses elementos que formam esse sol. Tudo isso me encantou.

Carlos Quintela e o ator Tatsuya Fuji, nos bastidores de Os Lobos do Leste

Você já tem outros filmes prontos feitos depois de Os Lobos do Leste, não?
Mais ou menos. Depois de Os Lobos do Leste, participei de um projeto coletivo, chamado Gure Oroitzapenak (2018), filmado aqui no País Basco. É uma coleção de vários curtas-metragens, e participei com um deles. Também me envolvi com uma websérie, já disponível no youtube, chamada O Sucessor, há cerca de uns dois anos. Foi um piloto, com os recursos que tínhamos, mas não teve continuidade. Foi minha maneira de responder, através do cinema, à constituição que foi implementada em Cuba. Não sei como está agora, nem sei se está dando conta da situação, mas o que sei é que na época muitos cubanos eram contrários ao que ela estava propondo. Ao mesmo tempo segui escrevendo e desenvolvendo outros projetos. Fiz ainda um documentário feito junto com uma diretora inglesa, chamado The Russian Playground (2019).

 

Como imagina que os brasileiros irão receber Os Lobos do Leste?
Adoraria que os brasileiros fossem ao cinema e se interessassem em descobrir o que se vê de Cuba quando se tenta olhar para esse país desde muito longe.

(Entrevista feita via Google Meet entre Brasil e Espanha em fevereiro de 2021)

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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