Um dos nomes mais interessantes da nova cena cultural uruguaia, Daniel Umpiérrez nasceu na pequena Tacuarembó, no norte do país, mas mora na capital Montevidéu há mais de vinte anos. Artista plástico, escritor e músico, Dani Umpi – como prefere ser chamado – teve um dos seus livros – Miss Tacuarembó – adaptado para o cinema em 2010. A comédia musical, escrita e dirigida por Martín Sastre, contava com Natalia Oreiro (Infância Clandestina, 2011), Mirella Pascual (Whisky, 2004) e até a almodovariana Rossy De Palma (Kika, 1993) no elenco. De passagem por Porto Alegre no último final de semana de janeiro de 2014 como convidado do evento Conexões Globais, o multitalentoso artista conversou com o Papo de Cinema, revelando seus favoritos quando o assunto é a sétima arte. Confira!
Qual o seu filme favorito?
Ah… meu filme preferido? Tenho muitos! Gosto muito de um diretor argentino chamado Leonardo Favio, que faleceu há alguns anos. Ele tem um estilo clássico que admiro bastante. Seu cinema é muito teatral, muito solene, com uma estética que me encanta. Dentre os filmes dele, creio que o que mais gosto é Nazareno Cruz y el Lobo (1975). É uma história de lobisomens, e foi lançado no ano em que nasci, 1974, e desde pequeno tenho uma fascinação por este filme. Perdi a conta de quantas vezes o assisti. É muito melodramática, algo que admiro muito, e Favio administra bem esse tipo de linguagem. É um clássico! Mas há outros títulos que gosto muito, e creio que dos mais recentes um que gosto bastante é da diretora argentina Lucrecia Martel, O Pântano (2001). E aqui no Brasil sou fanático pelo Zé do Caixão (risos)! Sim, é sério!
Dos filmes que você assistiu recentemente, qual recomendaria?
Recomendo um que se chama Frances Ha (2012)! Já viste? Gostei muito, pois é um retrato de um personagem incrível, muito bem trabalhado em cena, e também muito real. É uma garota muito complexa, porém de um modo que nunca havia visto no cinema. Conheço milhares de Frances Ha na vida real, mas quase não acreditei quando a vi em um filme, e dessa maneira, tão bem retratada. Gostei de tudo, da fotografia, da atriz, da história… é perfeita, muito boa!
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Seria… deixe-me pensar… Nossa, nunca me perguntaram isso! Acho que seria Transmutações do Plástico (risos)! Sim, teria que ser com ‘plástico’… gostei desse nome!
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