Nascido no dia primeiro de agosto de 1967 no Rio de Janeiro, José Padilha estudou administração de empresas, economia, literatura inglesa e política internacional antes de se decidir como cineasta. Responsável por alguns dos documentários mais interessantes do recente cinema brasileiro – e que quase ninguém conhece – assinou também a direção do filme mais assistido em todos os tempos no Brasil: Tropa de Elite 2 (2010), que teve mais de 11 milhões de espectadores. Essas foram suas credenciais para estrear com o pé direito em Hollywood com a superprodução RoboCop, remake do original de 1987 que consumiu um orçamento de mais de US$ 100 milhões! Nunca um diretor nacional realizou um filme de custo tão alto, e a aposta parece ser dado certa: apesar da arrecadação nos EUA ter decepcionado (pouco mais do que a metade do seu custo), no mundo todo as contas foram bem satisfatórias, com uma bilheteria de mais de US$ 233 milhões! O Papo de Cinema teve a oportunidade de conversar com José Padilha durante o lançamento do novo filme no Rio de Janeiro, e revela aqui como foi esse bate-papo na íntegra! Confira!

 

Por que você escolheu o RoboCop para sua estreia em Hollywood?
Bom, preciso confessar: ninguém me chamou para fazer o filme. Eu estava em uma reunião na MGM, me chamaram para conversar e me mostraram vários projetos que tinham. Atrás de um dos executivos, no entanto, tinha um poster do RoboCop: O Policial do Futuro (1987), e eu olhava aquele poster, via uma proposta, olhava o quadro na parede, via o que me ofereciam… No final, falei: “que tal fazermos aquele ali, que está atrás de vocês?”. Eles olharam para o cartaz, depois para mim, para ver se eu estava falando sério, e perguntaram qual era minha ideia. Foi quando disse: “acho que consigo fazer um filme sobre a política dos drones, do uso dessas aeronaves não tripuladas, da substituição de soldados por robôs e o impacto que isso pode ter na geopolítica”. Queria fazer algo com conteúdo, ao invés de só de entretenimento. E dois dias depois ligaram para o meu agente nos Estados Unidos, que me ligou e disse: “olha, não sei o que você falou naquela reunião, mas estão te chamando para fazer o novo RoboCop”.

José Padilha, Joel Kinnaman e Michael Keaton no Rio de Janeiro

O que o levou a fazer um filme mais contido na violência?
Não acho que a violência, ou o sexo, por exemplo, em um filme, sejam valores que possam ser quantificados. “Ah, porque um filme é muito violento, então é melhor”. Isso é uma besteira. Porque o nível de violência, de sexo, ou de qualquer coisa que você coloque em cena, tem que ser coerente com a lógica interna do filme, com o que quer dizer. Se vou filmar Laranja Mecânica (1971), tem que ter violência. Se vou fazer Tropa de Elite (2007), necessito mostrar a violência. Para o filme que fiz, que fala da política do uso da automação da violência, que é quando você substitui soldados por robôs, como avaliar?

 

Você consegue imaginar essa mesma questão sendo discutida fora da ficção?
Por que os Estados Unidos saíram do Iraque e do Irã? Porque os soldados estavam morrendo! Mas e se tirarmos os soldados e colocarmos robôs, o que acontece? Essa é uma questão séria. Mas para falar sobre isso não preciso explodir um cérebro na frente da câmera. Queria discutir a diferença entre homem e máquina. À medida que a tecnologia vai evoluindo e as máquinas começam a fazer o que a gente faz, essa questão teórica da filosofia vai virando concreta, e o RoboCop, que é meio-homem, meio-máquina, se presta a debater isso. Então criei um personagem que tem um dilema existencial. Ele é totalmente consciente, ao mesmo tempo que sabe que virou um robô. Ele se pergunta: “será que vale a pena viver assim?”. Então, para falar sobre essas duas coisas essencias, eu não precisava fazer uso da violência explícita, não fazia sentido.

 

Na sua versão do RoboCop, resta ao protagonista apenas uma mão. Por quê?
A premissa do nosso filme é que os Estados Unidos tomou uma posição em relação ao uso dos robôs. Os robôs americanos são utilizados apenas no estrangeiro, mas nos próprio país não é permitido ter um robô. Então, para conseguir colocar o RoboCop na rua, eles têm que mentir que tem um homem dentro da máquina, para não quebrar a lei. É por isso que deixam a mão direita do RoboCop, porque uma das coisas que define você como ser humano é que, quando você encontra outro homem, você o cumprimenta com a sua mão. Então era uma maneira de “maquiar” a humanidade do RoboCop.

 

Como você equilibrou a releitura do personagem com as expectativas dos fãs?
Tive que ignorar as expectativas dos fãs, porque, primeiro: não existe uma massa uniforme de fãs. Cada um tem uma expectativa diferente. E se fosse tentar pensar no que cada um queria, estaria liquidado! Agora, tentei e fui o mais fiel possível ao conceito básico do personagem, que, para mim, na minha leitura original, quando vi o filme, e hoje em dia, depois de ter estudado bastante para fazer o novo filme, é que o RoboCop é um personagem que traz dentro dele uma ideia filosófica. A ideia de que quando você automatiza a violência, você abre a porta para o fascismo.

Cena de RoboCop (2014)

Como RoboCop se encaixa dentro da tua filmografia?
Se você pegar um filme como Tropa de Elite, que mostra em detalhes o treinamento do BOPE, é possível entender que estes soldados e policiais vão fazer a violência em nome do Estado. São doutrinações, aquelas pessoas são preparadas até que perdem a capacidade de pensar nitidamente. O homem de preto, qual é a sua missão? É entrar na favela e deixar corpo no chão, é isso. Lembro muito também do filme do Stanley Kubrick, a mesma coisa está em Nascido para Matar (1987), mas a ponto das pessoas que não conseguem ser doutrinadas enlouquecerem. E essa ideia de tirar o senso crítico, desumanizar a tropa, está imbutida no próprio conceito do RoboCop.

 

Você consegue comparar o seu filme com o original, dirigido por Paul Verhoeven?
O que o Verhoeven fez? A melhor maneira de falar sobre desumanizar o policial, é tirar o policial e colocar uma máquina. Aí a desumanização é completa e perfeita. E ele gerou um personagem que tem um ser humano dentro, convivendo com a máquina e lutando contra ela. Então, fica bem claro esses dois pólos da violência. Quando você automatiza quem vai executar a violência, abre a porta para uma corporação, para o governo fazer o que quer, sem crítica ao soldado ou ao policial. Você tem no RoboCop, então, aquela luta entre as diretrizes da empresa e o homem que ali está. Eu fui o mais fiel a isso que pude, só que tentei fazer outra coisa, queria falar um pouco de política externa, da mídia radical de direita americana. É muito difícil fazer comédia com a Fox News, porque já é uma comédia, então precisa de um ator como Samuel L. Jackson para isso. Fomos fiéis, sim, ao filme original, mas às ideias dele, e não à sua forma.

 

Como foi trabalhar com Joel Kinnaman?
Vou fazer uma afirmação: há muito tempo não surgia em Hollywood um ator jovem com a capacidade técnica e artística do Joel! Você pode anotar o que estou dizendo, basta esperar para ver.

 

Havia em mente a possibilidade de uma franquia ou foi algo mais despretensioso?
Bom, preciso deixar claro que não tenho, por contrato com o estúdio, obrigação de fazer um segundo filme. De modo que não pensei em uma franquia. O problema será do próximo diretor que aceitar fazer isso. Nossa ideia era a seguinte: essa corporação está criando um golpe de marketing para mudar uma lei. Vamos voltar à premissa: daqui a 20, 30 anos, a tecnologia vai chegar a um ponto em que vai ser possível substituir soldados e policiais por robôs. Isso vai acontecer, não estou inventando, é real. E quando acontecer, os países terão que decidir se vão farão isso ou não. O Brasil vai ter que decidir se vai ter robôs na polícia e no exército, assim como a Inglaterra, o Japão, os Estados Unidos…  Será uma questão real. No nosso filme, estamos dizendo que os Estados Unidos vão usar robôs para guerra, mas não permitirão que robôs matem americanos em casa. E partimos de uma tentativa da OmniCorp mudar essa lei. Para isso elaboram um evento midiático, junto com a imprensa de direita. Criam um robô, uma figura que vão colocar nas ruas e, para não quebrar a lei, colocam um homem dentro dessa armadura. E, claro, essa corporação tem que vender a novidade.

Como foi pensada a questão do novo uniforme?
A gente quis mostrar em uma sequência o processo pela qual as corporações desenham as coisas. Tem lá um focus group, e os caras fizeram uma pesquisa com as diferentes roupas do RoboCop, “esse design é bom, esse design é ruim…” e aí o Sellars (Michael Keaton), que a gente fez meio ao estilo do Steve Jobs, fala “não, não interessa o resultado do focus group, bota preto, que é isso que eu gosto”. Mais ou menos como o Jobs fazia na época. As pessoas sabem o que elas querem depois que a gente dá para elas. Essa foi a proposta, por isso que mudamos a roupa de prateado para preto, e depois de preto para prateado. Não teve nenhum raciocínio com relação aos fãs. Respeito os fãs do RoboCop, sou um fã do RoboCop, adoro o primeiro RoboCop: O Policial do Futuro. Agora, se eu for, como diretor de um filme, tentar adivinhar o que o fã vai pensar do filme que vou fazer, acabo não dirigindo o filme! Não tem como fazer isso! Então me concentrei na premissa. Os dois roteiristas originais do RoboCop: O Policial do Futuro, que criaram o personagem, Michael Miner e Edward Neumeier, viram o nosso filme e adoraram, entenderam o que a gente estava fazendo. Mas, realmente, não tinha nem como pensar nos fãs. Até porque os fãs são uma minoria. O público de cinema hoje é a garotada de 18, 20 anos, que nem viram o RoboCop: O Policial do Futuro.

 

Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou ao fazer esse filme?
Quando faço um filme no Brasil, tenho um controle enorme de cada etapa do processo. Faço o que quero, do jeito que quero, sem ter que conversar com ninguém a respeito. Porém, em um filme de US$ 130 milhões, de estúdio, que tem um investimento desse tamanho, é evidente que há outros interesses envolvidos, querem saber se vai vender ou não, se vai fazer dinheiro ou não. E se você politiza muito sua história, acaba espantando uma audiência de direita. Existe essa preocupação em Hollywood, não foi só conosco, todos os grandes projetos tem essa questão e foi preciso desenvolver um mecanismo para lidar com isso. Por isso existem agentes, produtores que fazem a intermediação entre o estúdio e o diretor, advogados, tem uma estrutura que faz esse meio-campo. No caso do RoboCop, consegui fazer um filme político, do jeito que queria, apesar de não ter o controle formal.

 

Como assim?
Formalmente, o estúdio pode pegar o filme e fazer o que quiser – afinal, ele está pagando a conta final. Mas como isso já aconteceu algumas vezes, o DGA (Directors Guild of America) tem um acordo com os estúdios que prevê que o diretor tem o direito de fazer o seu corte e exibir para o público, em uma exibição chamada de preview, para 400, 500 pessoas. Aí o departamento de marketing vai lá e tabula os resultados, vê se as pessoas gostaram ou não e depois tem esses grupos de pessoas que discutem porque gostaram ou não do filme. Isso acontece com todos os filmes em Hollywood, e com o nosso também. Naquele momento, o estúdio estava um pouco duvidoso, receoso da abordagem política que adotamos. “Será que vai atrapalhar, o que vai acontecer?”. Aconteceu que as pessoas adoraram, fizemos uma pontuação enorme, e nunca acontece esse tipo de coisa. Na hora das perguntas e respostas pro público, perguntou-se “por quê que vocês gostam do filme?” e responderam “porque é político”. Nessa hora tive certeza que seria o meu filme mesmo e pronto. Acho que nos Estados Unidos as pessoas subestimam um pouco o público, o consenso geral é “vou fazer um filme mais simples, que não tem erro”. E o espectador está mostrando que ele é mais inteligente do que pensam. Basta você olhar as séries de televisão que fazem sucesso, sempre são as mais complexas, como The Wire, Breaking Bad… Conseguimos, com sorte, fazer um filme complexo e também com os atores que queríamos.

Bastidores de RoboCop (2014)

Foi difícil levar o Lula Carvalho e o Daniel Rezende, que já haviam trabalhado contigo em Tropa de Elite, para Hollywood com você?
Tenho um agente nos Estados Unidos, e os meus filmes anteriores me aproximaram naturalmente dos Estados Unidos. Quando fiz o Tropa de Elite 2 (2010), comecei a ir mais para Los Angeles e conversar sobre possíveis projetos com estúdios. Isso ia acontecendo ao longo de vários anos, há mais de uma década que vou e volto. Sempre tive na minha cabeça que não ia fazer qualquer filme em qualquer situação. Nunca estive desesperado para fazer um filme em Hollywood. Quando foi possível, falei para a MGM “olha, vou fazer esse filme, vai ser político e preciso ter o meu fotógrafo, o meu montador e o meu compositor”. Se não tivesse a minha equipe, chegaria no set e teria um fotógrafo que nunca vi, um montador que não conheço, ia me sentir o próprio peixe fora d’água!

 

Filmar nos Estados Unidos foi muito diferente de como você trabalhava no Brasil?
Aprendi a fazer cinema de um jeito, com a sopa cultural brasileira e sempre quis trazer a minha galera junto. A consequência disso é que quando a gente chegava no set, olhava para os atores e começava a discutir cada cena: “olha, o Joel vai entrar daqui, a câmera vai fazer assim, vai ter um carrinho que vai se aproximar, vamos mudar a lente”. Daí o Lula falava “não, vamos olhar aqui, vamos colocar a lente 21”, e o Rezende, que estava no set, comentava “mas a última cena a gente terminou fechado, vamos começar aberto…”, tinha uma conversa que fluía, e era em português. Quando terminávamos, eu falava “ok, vamos filmar!”, a o pessoa ficava nos olhando sem entender nada! Tinha umas 100 pessoas nos encarando sem saber o que fazer. Isso foi engraçado. No terceiro dia, o assistente de direção veio com um livro “Como aprender português em uma semana”.

 

O que diferencia o vilão de RoboCop daqueles vistos em outros filmes de ação?
Fazer um filme político, de estúdio, é muito difícil. O nosso filme é bastante diferente do modelo tradicional. Por exemplo: começa que temos um vilão que não é um vilão. Por exemplo: o Coringa quer destruir a cidade e matar todo mundo, o Doutor Octavius quer fazer um reator nuclear no meio de Nova Iorque. Essas vilanias caricaturais não quis fazer. Queria fazer um filme que o personagem oposto ao RoboCop fosse extremamente inteligente e tivesse um argumento exatamente como se usa para defender drones: “olha, não vai morrer soldado americano, não vai morrer policial, robô não cansa, você pode programar o robô de uma maneira sofisticada que ele não vai ser corrompível…”. Todos esses argumentos que colocamos na boca do Sellers são válidos, não podemos descartá-los. Esse tipo de vilão é muito estranho em um filme de Hollywood!

 

Que outras mudanças você acha que RoboCop apresenta ao padrão atual?
A gente só apresenta o personagem principal aos 11 minutos. Qual é o filme de super herói que o protagonista demora tanto para aparecer? Não existe! Depois, temos um personagem que critica a mídia americana, claramente. A gente começa com uma batalha em Teerã em que robôs americanos matam uma criança, que acaba metralhada! Isso é até curioso, porque muita gente falou que o nosso RoboCop não é violento, e começamos com um robô metralhando uma criança em frente a televisão! E o jornalista simplesmente ignora, como se a criança não tivesse morrido. Conseguimos fazer um filme diferente do modelo americano. E se você me perguntar como conseguimos, acho que tivemos ao nosso favor o fato de o RoboCop ser um personagem por si só já diferente do modelo americano.

Quais as diferenças do RoboCop em relação aos outros super-heróis?
As crianças querem ser o Homem-Aranha. Eles querem ser o Batman. Você pega um ator carismático, faz grandes cenas de ação, um filme emocionante e funciona. Mas ninguém quer ser o RoboCop! Nem o Alex Murphy quer ser o RoboCop! Então você não consegue vender o filme assim, é um outro tipo de obra. O diretor que estava considerando fazer o RoboCop antes de mim era o Darren Aronofsky, que é um cara super diferenciado, já indicado ao Oscar, ou seja, não é qualquer um.

 

E como o estúdio lidou com essa diferença?
O estúdio começou pensando que seria um novo Homem-Aranha! Mas, na medida em que fomos desenvolvendo o roteiro, eles percebiam que o personagem não seria assim. Lembro de um executivo me perguntando “não tem uma sequência em que o RoboCop ‘kick ass’, que ganha, que é o super-herói das crianças?”! A minha resposta foi que “quando o RoboCop ganha, quem está ganhando é o vilão”! Se o RoboCop faz sucesso, é o Sellers que está ganhando. Ele é um personagem que não se aplica ao modelo do estúdio e isso ajudou a gente.

 

Como o filme tem sido aceito nas bilheterias internacionais?
RoboCop abriu incrivelmente bem no exterior, ficamos em primeiro em 15 países do mundo. Vai ser um filme que irá ganhar bastante dinheiro. Falo todo o dia com o estúdio e a percepção é que o resultado vai ser positivo. Nos Estados Unidos tem uma medida chamada CineScore, o cara sai do cinema e o departamento de marketing faz uma pesquisa para ver se as pessoas gostaram ou não. O CineScore do nosso filme é incrível, até 18 anos é A+, raríssimo! De 18 a 25 anos é A-, também muito bom, e ao todo é B+. Pouquíssimos filmes conseguem isso! Isso é sinal de que as pessoas que estão indo ver e gostando muito.

 

O novo RoboCop tem sofrido com a comparação com o original?
Grande parte das pessoas, principalmente os fãs, não olham o filme, apenas ficam comparando com anterior. Então, ao invés de estarem discutindo se os Estados Unidos devem usar drones ou não, se vai ser legal, se é fascista ou não, uma boa parte das pessoas fica discutindo “esse RoboCop é preto, não é prateado”! Aí você perde um pouco do conteúdo. Mas isso é inevitável e a gente sabia que ia acontecer.

A estreia nos Estados Unidos não foi dar melhores…
Eu estou calejado com isso! Abrimos o Tropa de Elite com toda aquela onda de pirataria, e quando as pessoas se deram conta era o filme mais incrível do mundo! Depois virei fascista, daí ganhamos o Festival de Berlim e o Costa-Gravas, que é de esquerda, era o presidente do júri e foi o primeiro a entender o que estávamos dizendo. Sei que os filmes têm uma história a percorrer e eles não se definem em dois dias. Se você pensar que Clube da Luta (1999) foi um fracasso mundial e depois adquiriu esse status de reverência que tem hoje… Outros filmes foram grandes sucessos e depois perderam o valor, então estou acostumado a esperar. O sucesso internacional que o RoboCop está tendo também não consigo supervalorizar e falar “ah, o filme é genial!”. Sei que não é assim. A primeira semana difícil nos Estados Unidos também não me preocupou, prefiro esperar para ver o que vai acontecer. No Brasil, foram mais ou menos 700 salas. Se ganhar do Tropa de Elite 2, já estará de bom tamanho (risos)!

 

(O Papo de Cinema viajou ao Rio de Janeiro a convite da Sony Pictures do Brasil)

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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