Fui assistir ao filme Elysium em uma sala com projeção Imax, em Curitiba. Isso, por si só, é algo diferente, considerando que somente há pouco tempo temos um cinema assim em Porto Alegre – que, por sinal, ainda não conheço. Já havia ido a um Imax quando visitei o Canadá, anos atrás, e gostei bastante do programa.

Mas ir ao cinema no sábado à noite também tinha um quê especial: assistir a primeira participação de Wagner Moura em um filme hollywoodiano. Alice Braga, sobrinha de Sônia Braga, também estaria lá, fazendo companhia ao brasileiro e ao lado de atores consagrados, como Matt Damon e Jodie Foster.

Não sou apaixonada por filmes de ficção-científica, mas já assisti a alguns do gênero e gostei. Confesso, no entanto, que o que me fez de verdade ir ao cinema dessa vez foi verificar de perto a atuação de Wagner. Aprendi a gostar dele na televisão, quando se saiu muito bem ao fazer par com Camila Pitanga em uma novela. Depois vi vários trabalhos seus no cinema. É, sem dúvida, um excelente ator.

Seu papel não é totalmente de destaque Elysium, mas o brasileiro deu conta do recado, em um inglês perfeito. Quanto ao filme em si, gostei bastante. Elétrico, muito agitado, e enquanto ficava viajando na grande tela deste cinema diferente, pensava no teor deste texto. O que eu abordaria? O enredo? Os atores? A novidade de termos brasileiros brilhando também fora do país.

Decidi, então, verificar o que estava sendo criado nesta história fictícia e o que de fato teremos por aqui no futuro. No futuro?

Acho que não. Muito do que vi em Elysium já vemos por aqui há muito tempo. Ricos têm mais oportunidade de vida, de saúde e de negócios do que os pobres. A saúde pública é precária e são muitos doentes para poucos médicos. Pessoas sendo esculhambadas por seus superiores e atendidas por robôs. Sim, em muitas situações somos atendidos por funcionários que mais parecem um robô. E lá, no paraíso de Elysium, também tinha politicagem, compra de votos e artimanhas para burlar leis e derrubar governos.

Uns tentando manter o mundo luxuoso de poucos e outros tentando fazer do mundo um lugar justo para todos. Também vi no paraíso, lugar que o diretor projetou para o futuro, pessoas tentando acessar a mente dos outros. Não vimos isso por aqui antes?

O diferente mesmo ficou com o vilão e ajudante da poderosa Jodie Foster, aliado dela nos planos de tentar derrubar o governo. Este agente infiltrado no meio do povo mais parecia um Chuck Norris. Este, sim, do futuro.

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é Relações Públicas formada pela Universidade Do Vale do Rio dos Sinos. Tem 43 anos e é mãe de Clara, uma menina ruiva, hoje com dez anos. Descobriu a paixão pelas palavras quase sem querer: foi um convite do editor de um jornal que a fez escrever seu primeiro texto. Surpreendida pelo retorno de amigos e leitores elogiando a forma leve e descontraída da escritora, decidiu investir nessa história! É autora do livro Metade de Mim, lançado pela Editora Buqui em 2013.
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