por Roberto Cunha*

Desde que a grade de filme do Festival de Cannes 2014 foi anunciada, parte das atenções se voltou para dois nomes “crepusculares”: Robert Pattinson e Kristen Stewart. A dupla  protagonizou uma das franquias jovens mais rentáveis dos últimos tempos, iniciada com Crepúsculo (2008), e de lá para cá  vem tentando se desvencilhar da saga vampírica. Eles estrelaram produções diferenciadas e já estiveram em Cannes. Ele com Cosmópolis (2012), de David Cronenberg, e ela com Na Estrada (2012), do brasileiro Walter Salles. Agora, acredite, os dois estão de volta e em dose dupla, mas o vampiro que mexeu com o coração da moçoilas vem melhor.

Pattinson em cena de The Rover

Pattinson retorna ao festival na competição oficial como protagonista de Maps to the Stars, novamente dirigido pelo pungente Cronenberg, e também encabeça o elenco do suspense pós-apocalíptico The Rover, ao lado de Guy Pearce, que vai rolar na Sessão da Meia-Noite.

Stewart ao lado de Juliette Binoche em Clouds of Sils Maria

Stewart vem como atriz coadjuvante no drama Clouds of Sils Maria, também da competição oficial, dirigido por Olivier Assayas. O outro título, fora da briga por prêmios, chama-se Camp X-Ray, drama que será exibido para o mercado em busca de um distribuidor. O mesmo acontece com o romance de ficção científica Equals, ainda em fase de pré-produção, também por aqui procurando distribuidor para o mercado americano.

Como se viu, seis anos se passaram e eles estão provando que existe vida após a Saga Crepúsculo. E se bateu uma curiosidade sobre quem está bem na fita em termos de resultados financeiros para os projetos que estão envolvidos, nos últimos anos, saiba que a moça leva a melhor, em cima de Pattinson, Taylor Lautner e Kellan Lutz. Isso porque mesmo não faturando muito com Na Estrada (2012 – US$ 8.7 milhões), The Runaways: Garotas do Rock (2010 – US$ 4 milhões) e Corações Perdidos (2010 – US$ 317 mil), a eterna Bella Swan acumulou cerca de US$ 400 milhões somente com Branca de Neve e o Caçador (2012).

Já o famigerado Edward Cullen mostrou um certo poder de fogo com os US$ 117 milhões arrecadados por Água para Elefantes (2011), mas teve que se contentar com parcos US$ 6 milhões do já citado Cosmópolis (2012) e pouco mais de US$ 8.3 mihões de Bel Ami: O Sedutor (2012).

Enquanto isso, Taylor Lautner, que viveu o jovem lobo Jacob, revelou-se um fraco arrecadador de bilheterias, amargando US$ 82 milhões com Sem Saída (2011), produção em que foi protagonista.

Correndo por fora do triângulo amoroso, Kellan Lutz mostrou fôlego com seu Hércules (2014), que fez US$ 61.2 milhões nas bilheterias mundiais, mas é Anna Kendrick, veja você, quem mais mostrou potencial pós-crepuscular. E fez isso atuando em filmes bem diferentes e com faturamento satifastório, como Amor Sem Escalas (2009 – US$ 166.8 milhões), A Escolha Perfeita (2012 – US$ 113 milhões), Um Brinde à Amizade (2013 – US$ 39.1 milhões) e Marcados para Morrer (2012 – US$ 48.1 milhões).

E aí, achou justa a “resposta” do mercado para os atores? Algum deles está na sua lista de preferidos?

* Enviado especial do Papo de Cinema ao Festival de Cannes 2014

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é publicitário, crítico de cinema e editor-executivo da revista Preview. Membro da ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, filiada a FIPRESCI - Federação Internacional da Crítica Internacional) e da ABRACCINE - Associação Brasileira dos Críticos de Cinema. Enviado especial do Papo de Cinema ao Festival Internacional de Cinema de Cannes, em 2014.
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