Amazing Stories: Histórias Maravilhosas :: T01 :: E01
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Adam Horowitz, Edward Kitsis
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The Cellar
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2020
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Sam ajuda o irmão no seu negócio de reformar velhas residências. Quando encontra um portal do tempo no porão de uma dessas casas, vai parar um século atrás e lá encontra o amor da sua vida!
Amazing Stories: Histórias Maravilhosas
Amazing Stories: Histórias Maravilhosas :: T01
Episódio | Data de exibição |
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Amazing Stories: Histórias Maravilhosas :: T01 :: E01 | 6/03/2020 |
Amazing Stories: Histórias Maravilhosas :: T01 :: E05 | 6/03/2020 |
Amazing Stories: Histórias Maravilhosas :: T01 :: E04 | 6/03/2020 |
Amazing Stories: Histórias Maravilhosas :: T01 :: E03 | 6/03/2020 |
Amazing Stories: Histórias Maravilhosas :: T01 :: E02 | 13/03/2020 |
Crítica
Sucesso quando levada para a telinha pela primeira vez, em 1985, a série Amazing Stories (que na época era apenas Histórias Maravilhosas no Brasil) teve duas temporadas, com um total de 45 episódios (24 na primeira, mais 21 na segunda). E além de um elenco estrelado, que contou com nomes como Kevin Costner, Harvey Keitel, Mark Hamill, John Lithgow, Christopher Lloyd, Charlie Sheen, Patrick Swayze e Danny DeVito, o que mais despertava atenção – e ficou marcado na memória dos mais saudosistas – era a presença do (na época) garoto-maravilha Steven Spielberg como um dos criadores (ele chegou a dirigir dois capítulos, e entre os demais realizadores estavam figuras como Clint Eastwood e Martin Scorsese – pra ver o nível!). Pois bem, mais de três décadas se passaram, e se o programa não voltou para a televisão em todo esse tempo, ganhou agora uma sobrevida – ou uma ‘reinvenção’, para usar um termo mais apropriado – na plataforma de streaming da Apple TV+. E o melhor: procurando se manter ao máximo fiel ao espírito despertado por Spielberg e sua turma tantos anos atrás. Agora, se nem sempre conseguem, isso são outros quinhentos.
Até porque as quantidades e proporções de hoje são outras. O novo Amazing Stories conta, em sua temporada de estreia, com apenas 5 segmentos de quase uma hora cada. Assumindo o mesmo formato de antologia, com histórias independentes entre si, o que as une, supostamente, é o caráter fantasioso como elemento principal. O de estreia, no entanto, parece acomodado demais nessa característica. Em O Porão, a premissa parte de um artifício bastante recorrente nesse universo: a viagem no tempo. O problema por aqui, no entanto, é que muito pouco vai além dessa ideia, tão usada em filmes e seriados que quase nada de novo há para justificar um interesse surgido a partir de uma marca tão emblemática quanto a empregada como nome do show.
Sam (Dylan O’Brien, dedicado ao personagem, porém refém das situações esquemáticas a que se vê imposto) e Jake (Micah Stock, de A Maratona de Brittany, 2019) são irmãos e trabalham juntos como restauradores de velhas residências – o segundo por vocação, o primeiro meio que por falta de algo melhor para fazer. Enquanto fica atrás de novas conquistas em aplicativos de relacionamentos, Sam afirma que não se compromete com o futuro profissional que lhe parece tão óbvio por uma questão simples: ainda não encontrou aquilo – ou alguém – que fizesse seu coração bater mais forte. Sem estímulos, portanto, vai levando como pode. Isso, é claro, até ver seu mundo – ou seu tempo – ser revirado de cabeça para baixo.
A anunciada mudança acontece quando, ao mexer em um barômetro localizado no porão da casa onde estão trabalhando, isso no meio de uma tempestade, uma rara – e inexplicada – conjunção temporal acaba acontecendo. Como resultado, ele é transportado para o mesmo lugar, porém exatamente um século atrás – o porquê dessa medida de tempo exata nunca chega a ser justificado, ainda mais quando é dito que a construção tem quase o dobro dessa idade! Enfim, ele vai parar em 1919, onde moram Evelyn Porter (Victoria Pedretti, de A Maldição da Residência Hill, 2018) e a mãe. Sozinhas, após a morte dos homens da casa, as duas tem como única solução para continuarem vivas aceitarem o convite para a mais nova se casar com um rico viúvo da região, o que garantirá o sustento de ambas. Bom, não precisa ser nenhum gênio para perceber que a chegada do ‘garoto do futuro’ irá mudar radicalmente os planos da moça infeliz.
Ir adiante na trama de O Porão poderia ser revelador demais, ainda que nenhuma grande reviravolta esteja no caminho dos personagens principais – é de se imaginar que eles ficarão nesse vai e vem dos anos, transitando entre presente, passado e futuro, na busca por um possível final feliz. Mas se alguns detalhes já estão evidentes na descrição dos dois – ele se mostra perdido, ela só pensa no amanhã – isso irá apontar para um desencontro imperioso, independente de continuarem juntos, ou não. Será nessa brincadeira, entre o conto romântico e a tragédia da separação, que o interesse a respeito dos eventos aqui ocorridos se recairá. No mais, o fantástico fica apenas sendo usado como ponto de partida, sem maiores influências entre os atos e suas consequências. Curioso? Com certeza. Porém bem menos do que o anunciado potencial de uma Amazing Stories de fato.
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