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Terence Stamp, um dos maiores intérpretes britânicos de sua geração, faleceu neste domingo, 17, aos 87 anos. A informação veio de sua própria família, em comunicado à agência de notícias Reuters. Indicado ao Oscar nos anos 1960, Stamp foi aclamado em diferentes décadas. A seguir, relembre sua trajetória! 

TERENCE STAMP

INÍCIO 

Nascido em Stepney, Londres, Reino Unido, em 1938, Terence Stamp era o filho mais velho de Thomas e Ethel, em uma família de cinco irmãos. Desde cedo, Stamp nutria uma admiração pelo cinema. Após concluir a escola, trabalhou em diferentes agências de publicidade. Apesar dessas ocupações, o desejo de se tornar ator já era latente, reforçado quando foi dispensado do serviço militar por problemas nos pés. 

Após testes na BBC, estreou na TV participando de um episódios de Spy-Catcher. Dois anos depois, debutou no cinema com Mentira Infamante, que rapidamente lhe garantiu alguns holofotes. 

FAMA

Logo em seu segundo longa-metragem, O Vingador dos Mares (1962), Terence Stamp alcançou fama internacional. A atuação lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 1963 e a vitória no Globo de Ouro. No filme, ele interpreta Billy Budd, um jovem marinheiro inocente e carismático que, ao ingressar em um navio de guerra britânico, desperta tanto a admiração de seus companheiros quanto a inveja de superiores.

Terence Stamp
Terence Stamp

A partir daí, Stamp consolidou sua reputação como um dos atores mais promissores da década. Trabalhou sob a direção de William Wyler em O Colecionador (1965), e, em seguida, com Joseph Losey em Modesty Blaise (1966). Este último foi produzido por Joe Janni, com quem o ator voltaria a colaborar em dois projetos marcantes: Longe Deste Insensato Mundo (1967), de John Schlesinger, contracenando com Julie Christie, e A Lágrima Secreta (1967), estreia de Ken Loach no cinema. 

No fim da década, mudou-se para a Itália, onde trabalhou com Federico Fellini em um dos segmentos de Histórias Extraordinárias, uma produção de 1968 baseada em histórias de Edgar Allan Poe. Instalado no país por muitos anos, ainda colaborou com Pier Paolo Pasolini no cultuado Teorema (1968), reforçando sua presença no cinema europeu e sua versatilidade diante de diretores consagrados.

Nessa época, a vida pessoal de Stamp também esteve sob os holofotes, especialmente por seu relacionamento com a supermodelo Jean Shrimpton – um dos casais mais badalados da época. 

DÉCADAS SEGUINTES

Nos anos 1970, capturou um novo público ao interpretar o vilão General Zod em Superman (1978). Pouco depois, brilhou em O Traidor (1984), de Stephen Frears. Stamp também participou de produções como Wall Street: Poder e Cobiça (1987) e Os Jovens Pistoleiros (1988). Em 1994, surpreendeu público e crítica ao viver a transexual Bernadette em Priscilla, a Rainha do Deserto, papel icônico que ampliou sua relevância internacional. Alguns anos depois, foi aclamado em O Estranho (1999), de Steven Soderbergh, onde encarnou um gângster em busca de vingança em um papel escrito especialmente para ele. No mesmo ano, fez parte do universo de Star Wars como o Chanceler Supremo Finis Valorum em A Ameaça Fantasma.

Terence Stamp
Terence Stamp

Entre os anos 2000 e 2010, manteve presença constante em projetos variados. Deu voz a Jor-El na série Smallville e apareceu em títulos de destaque como Elektra (2005), A Filha do Chefe (2003), Agente 86 (2008), Sim Senhor (2008), Operação Valquíria (2008) e Os Agentes do Destino (2011). Mesmo em papéis secundários, seguiu sendo reconhecido por sua intensidade e pela presença marcante em cena. 

Sua última aparição se deu em Noite Passada em Soho, de 2021. Stamp não deixa filhos. 

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