Nos últimos anos, é difícil encontrar um filme de trajetória tão complicada quanto Os Novos Mutantes. Vítima da venda da 20th Century Fox para a Disney, o spin-off dos X-Men teve sua estreia remarcada diversas vezes, ao ponto de se duvidar que um dia seria exibido ao público. Após um adiamento de dois anos, enfim o longa-metragem será lançado nos cinemas e, com isso, começam a surgir histórias de bastidores sobre a produção.

Planejado como o primeiro de uma trilogia de terror, Os Novos Mutantes foi idealizado na época em que o universo mutante da Marvel ainda pertencia apenas à Fox. Segundo o diretor Josh Boone, a ideia original era que Antonio Banderas fosse o vilão do segundo filme e ele fosse situado no… Brasil!

“Sempre planejamos apresentar o vilão do filme seguinte ao término deste. Já tínhamos até o ator escalado, mas por causa da fusão e de agora a Marvel ser dona dos X-Men e planejar seu próprio caminho, não fazia sentido em rodar esta cena”, revelou o diretor, em entrevista concedida ao Collider.

O super-herói brasileiro Mancha Solar, interpretado por Henry Zaga em “Os Novos Mutantes”

A intenção era que o segundo filme se chamasse New Mutants: Brazil, sendo focado no personagem Mancha Solar, que é brasileiro nos quadrinhos e também no filme. Henry Zaga é seu intérprete e caberia a Banderas interpretar seu pai, Emmanuel da Costa, que tem estreitas ligações com o Clube do Inferno. Tudo isto, no entanto, virou apenas história.

Com a venda da Fox à Disney, os planos envolvendo o universo mutante foram todos descontinuados. O próprio Os Novos Mutantes apenas será lançado porque as filmagens já haviam sido encerradas quando o negócio foi oficializado, ou seja, o dinheiro da produção já estava gasto. Ainda assim, o longa passou por várias versões e correu o risco de ser lançado diretamente em streaming, o que não aconteceu.

No Brasil, a estreia de Os Novos Mutantes está agendada para 2 de abril.

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Jornalista e crítico de cinema. Fundador e editor-chefe do AdoroCinema por 19 anos, integrante da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro), autor de textos nos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros", "Documentário Brasileiro - 100 Filmes Essenciais", "Animação Brasileira - 100 Filmes Essenciais" e "Curta Brasileiro - 100 Filmes Essenciais". Situado em Lisboa, é editor em Portugal do Papo de Cinema.
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