Foi-se o tempo em que os estúdios de Hollywood tinham a personalidade de seus donos. Claro, há algumas décadas essas propriedades foram pulverizadas entre milhares de acionistas, cada vez mais despersonalizadas, transformadas em máquinas de produzir entretenimento. E esse processo, como em todo mercado empresarial, não tende a ser interrompido e/ou modificado radicalmente por conta do valor cultural de uma marca. De acordo com a revista norte-americana Variety, a MGM Holdings Inc. está iniciando o processo de venda do seu estúdio de cinema, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos. A holding contratou as consultoras Morgan Stanley e LionTree LLC para auxiliar no processo. Os primeiros levantamentos deram conta de um valor de mercado de US$ 5,5 bilhões, incluindo aí as dívidas do estúdio.
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Atualmente, o principal acionista da MGM é o fundo Anchorage Capital, chefiado pelo ex-executivo da Goldman Sachs Kevin Ulrich, que está também à frente do conselho consultivo. Dentro do pacote, estão os mais de 4000 longas-metragens e 17 mil horas de programação televisiva. Alguns especialistas de mercado apontam que a crise no setor agravada pela pandemia do Covid-19 pode ser um dos motivos que levaram à decisão. Grandes empresas de mídia, tais como Disney e Warner Bros, já sinalizaram que nos próximos anos o streaming será visto com um carinho sem precedentes, algo que coloca um peso de ameaça nas operações tradicionais das salas de cinema. O mercado segue em constante mutação.
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