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O cinema brasileiro marcou presença na competição principal do Festival de Cannes 2025 com a exibição, neste domingo, 18, de O Agente Secreto, novo longa de Kleber Mendonça Filho. Estrelado por Wagner Moura, o filme despertou grande expectativa da crítica internacional desde o anúncio de sua seleção oficial. Para compreender a recepção da produção após sua première mundial, acompanhamos as análises publicadas em veículos especializados e as impressões dos jornalistas presentes no festival. Siga o fio e saiba mais!

O AGENTE SECRETO: A TRAMA

Em 1977, Marcelo é um especialista em tecnologia. Ele decide fugir de seu passado violento e misterioso se mudando de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida. Marcelo chega na capital pernambucana em plena semana do Carnaval e percebe que atraiu para si todo o caos do qual ele sempre quis fugir. Para piorar a situação, ele começa a ser espionado pelos vizinhos. Inesperadamente, a cidade que ele acreditou que o acolheria ficou longe de ser o seu refúgio.

O AGENTE SECRETO EM CANNES: CONTEXTO

Vale destacar que Kleber Mendonça Filho é um nome recorrente em Cannes, com três filmes exibidos em edições anteriores e sempre com grande destaque: Aquarius (2016), Bacurau (2019) e Retratos Fantasmas (2023). Essa trajetória contribui para a curiosidade em torno de sua nova obra, que neste ano disputa a cobiçada Palma de Ouro ao lado de títulos e diretores de peso.

O Agente Secreto
O Agente Secreto

Estão na lista: The Mastermind, da americana Kelly Reichardt – que segue a linha minimalista e sensível de First Cow, Nouvelle Vague, do estadunidense Richard Linklater, que promete revisitar o espírito libertário do movimento francês dos anos 1960 com uma abordagem metalinguística, e In Simple Accident, do iraniano Jafar Panahi, que continua produzindo apesar da forte repressão em seu país. A seleção também conta com Young Mothers, dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, e O Esquema Fenício, do estiloso e prolífico Wes Anderson, confirmando a diversidade e o alto nível da competição deste ano.

O AGENTE SECRETO: RECEPÇÃO

Logo após a exibição de O Agente Secreto em Cannes, começaram a pipocar nas redes sociais vídeos que registram a calorosa recepção do público presente no Grand Théâtre Lumière. As imagens mostram parte da equipe sendo ovacionada de pé, em meio a aplausos entusiasmados que, segundo rumores compartilhados por veículos e jornalistas presentes, teriam durado cerca de 15 minutos. Embora o festival não divulgue oficialmente a duração dessas saudações, o gesto simbólico reforça o impacto causado. Até o fechamento desta matéria, aliás, O Agente Secreto já acumulava nota 8,5/10 no IMDb, com base em 45 avaliações registradas na plataforma – um indicativo inicial bastante positivo da recepção do público. A seguir, fique com algumas reviews:

O Agente Secreto
Equipe de O Agente Secreto no tapete vermelho de Cannes

Elsa Fernández-Santos, no jornal espanhol El País, considerou o filme “uma das melhores produções exibidas no festival”, elogiando sua “vibração”, “personagens” e “cores”, além de um “desfecho surpreendente”. Elsa também ressaltou a “conexão íntima do filme com obras anteriores de Mendonça Filho, como Retratos Fantasmas, e sua ambientação na cidade de Recife”.

Já a Vanity Fair, por meio de David Canfield, abordou o retorno pessoal de Wagner Moura ao cinema brasileiro, destacando sua “conexão com o diretor” e a “importância de contar histórias brasileiras”. A publicação também mencionou que o filme serve como “comentário político e peça de memória pessoal, explorando temas de resistência, identidade e história enterrada”.

Steve Pond, do TheWrap, observou que “a falta de coesão do filme é parte de seu charme”, enquanto David Ehrlich, do IndieWire, deu nota B+, destacando que o filme é “sempre envolvente, embora às vezes mais contido do que o material exige”. E David Rooney, do The Hollywood Reporter, afirmou: “trata-se de um filme profundamente sério sobre um período doloroso da história brasileira. É uma obra que dialoga com Ainda Estou Aqui, mas ao mesmo tempo se distancia dela por sua abordagem estética e narrativa singular”.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: [email protected]

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