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O cinema comercial ainda enfrenta dificuldades para retomar o fôlego no pós-pandemia. Para cada êxito expressivo, como Top Gun: Maverick, que superou a marca de US$ 1 bilhão nas bilheteiras mundiais, há vários fracassos retumbantes. Títulos como The Flash (2023) e Kraven, o Caçador (2024) ilustram bem esse cenário, com arrecadações muito aquém de seus vultosos orçamentos. A impressão é de que Vingadores: Ultimato (2019) pertence a um passado distante, em uma época em que o público ainda fazia questão de estar nas salas de cinema – algo que, hoje, muitos substituem pelas comodidades do streaming.

Ainda assim, uma análise publicada pelo site The Hollywood Reporter indica que os grandes estúdios não pretendem desacelerar. Pelo contrário: apostam alto em um ambicioso calendário para o verão americano de 2025 (tradicional janela de blockbusters lançada entre junho e agosto), que deverá concentrar uma quantidade inédita de produções com orçamentos estratosféricos. A intenção é clara: reconquistar o interesse do público e reaquecer as bilheteiras.

HOLLYWOOD APOSTANDO ALTO

O primeiro desses lançamentos foi Missão: Impossível – O Acerto Final, que chegou no Memorial Day (23 de maio). Estrelado por Tom Cruise, este, que pode ser o capítulo final da saga de Ethan Hunt, teve custo estimado entre US$ 300 e 400 milhões. Pouco depois, em 11 de julho, chegará o reboot Superman. Com orçamento estimado entre US$ 250 e US$ 300 milhões, para ser considerado bem-sucedido, projeta-se que o longa precise passar dos US$ 500 milhões em bilheteria global, sendo o ideal algo em torno de US$ 700 e US$ 800 milhões. Já em 02 de julho, Jurassic World: Recomeço chega ao circuito com orçamento na casa de US$ 225 milhões.

Hollywood superfaturada: Missão: Impossível – O Acerto Final
Hollywood superfaturada: Missão: Impossível – O Acerto Final 

Segundo a reportagem, executivos entrevistado pelo site afirmam que a combinação de três franquias consolidadas, ao lado de lançamentos familiares como Lilo & Stitch e o Quarteto Fantástico, podem reconquistar a frequência de público que se perdeu para o streaming. As previsões indicam que, se tudo correr conforme planejado, a bilheteria de 2025 nos EUA e Canadá pode atingir algo próximo de US$ 9 bilhões, ainda que fique abaixo do recorde pré-pandemia de US$ 11,4 bilhões em 2019.

E OS RISCOS PARA HOLLYWOOD?

Os estúdios estão apostando alto: com orçamentos somados que se aproximam de US$ 900 milhões apenas nos três protagonistas, qualquer desempenho abaixo do esperado pode representar prejuízos astronômicos. A turbulência de produção – atraso de roteiristas, greve de atores e regravações – já elevou o custo de Missão: Impossível – O Acerto Final a US$ 400 milhões.

Hollywood superfaturada: Superman
Hollywood superfaturada: Superman

Se Superman ou Jurassic World: Recomeço não corresponderem às projeções, pode haver uma reação em cadeia, com redução de investimentos nos próximos anos e retração de estúdios em novos projetos. Além disso, o público atual, acostumado a estreias simultâneas em plataformas digitais, pode não responder à altura, tornando esse verão uma aposta de alto risco para recompor o mercado cinematográfico.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: [email protected]

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