Quem utiliza a internet e acompanha a sua evolução pode observar que um dos aspectos que mais chamam a atenção é o constante aumento da velocidade de conexão. Hoje em dia, com a internet de banda larga, essa velocidade é infinitamente superior àquela disponível nos primórdios da grande rede. Graças à utilização de cabos de fibra ótica em vez dos tradicionais fios e cabos de metal, bem como à evolução tecnológica dos equipamentos, os usuários comuns têm à sua disposição uma conectividade com a qual os pioneiros da internet sequer poderiam sonhar.
Outro aspecto importante dessa internet mais rápida é o fato de ela estar presente em diversas regiões do planeta, estando acessível a cerca de 66% da população mundial. Como mostra um estudo da ExpressVPN, as velocidades de internet mais rápidas do mundo são encontradas em países com economias mais fortes e infraestruturas mais desenvolvidas, tais como Singapura, Suíça e Dinamarca. Contudo, também estão presentes nos países em desenvolvimento, como Chile, Romênia e Tailândia. Em todos eles é possível contar com velocidades médias de conexão em torno de 300 Mbps (milhões de bits por segundo).
Fonte: PxHere
Internet discada
Antes de atingir o estágio atual, a internet percorreu um longo caminho. Quando deixou os ambientes acadêmicos e de pesquisas e chegou ao cidadão comum no início dos anos 1990, sua velocidade de conexão nem se comparava com as que temos atualmente. Naquele tempo, entretanto, as necessidades e exigências eram menores, já que a web era utilizada basicamente para trocar mensagens de texto e visualizar páginas estáticas que não ofereciam interatividade com o usuário. Além disso, pelo fato de ser uma grande novidade, a internet não demandava muitos recursos para cair no gosto do público.
Nessa fase, usava-se a linha telefônica convencional para transmitir e receber os dados, os quais eram convertidos em áudio para que pudessem trafegar por esse meio. Por não exigir grande investimento em meios de transmissão de dados, essa característica foi essencial para a difusão da internet, uma vez que a rede telefônica fixa estava amplamente disponível na maioria dos países. No Brasil, o número de linhas telefônicas mais do que dobrou com a privatização da telefonia fixa ocorrida em 1998, passando de 20 milhões para mais de 43 milhões, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Além da limitação imposta pela baixa velocidade de conexão, a internet discada, como ficou conhecida, apresentava outros inconvenientes, tais como:
- a linha telefônica ficava ocupada, ou seja, não se podia fazer nem receber chamadas enquanto se estivesse conectado à grande rede;
- a conta telefônica ficava mais cara, uma vez que o tempo de conexão era tarifado como uma ligação.
Fonte: Unsplash
A internet no Brasil
No Brasil, a história da internet começou para valer em 1995, quando o governo liberou para uso comercial o backbone, isto é, a infraestrutura que conecta a internet do Brasil com o resto do mundo. Antes disso, essa “espinha dorsal” era de uso exclusivo do mundo acadêmico, servindo para conectar universidades e centros de pesquisa brasileiros aos seus pares, principalmente nos Estados Unidos.
Apesar de ter evoluído muito desde que foi lançada há quase 30 anos, a internet brasileira ainda não figura entre as mais rápidas do mundo. Dados publicados no Relatório Anual de Gestão da Anatel de 2022 apontam que a velocidade média da banda larga fixa no país é de 245,95 Mbps, o que nos coloca em terceiro lugar entre todos os países da América Latina, atrás do Chile e do Panamá.
Com o desenvolvimento de novas tecnologias no setor de telecomunicações, a tendência é que sejam disponibilizadas velocidades de conexão cada vez maiores. Elas serão essenciais para as crescentes demandas, tais como vídeos com resoluções muito altas, jogos online com maior interatividade e grandes quantidades de dispositivos conectados simultaneamente, oferecendo muita eficiência e entretenimento para todos.
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