8 jul

Ator James Caan morre aos 82 anos

O ator norte-americano James Caan morreu nesta quarta-feira, 06, aos 82 anos. Até o fechamento dessa matéria a causa não havia sido divulgada. A morte foi anunciada pela família por meio da conta oficial do Twitter do astro: “É com grande tristeza que informamos a morte de Jimmy na noite de 6 de julho. A família agradece a manifestação de amor e sinceras condolências e pede que continuem a respeitar a privacidade deles durante este período difícil”. Caan é mais conhecido do grande público pela maiúscula interpretação de Sonny Corleone, o filho imprudente brutalmente assassinado antes de poder assumir os negócios da família em O Poderoso Chefão (1972). E uma curiosidade: inicialmente, o ator fez o teste para Michael Corleone, papel que acabou ficando com o então jovem Al Pacino. Pelo papel de Sonny, James Caan foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Nascido em Nova Iorque, ele começou sua carreira artística no circuito off-Broadway, debutou na TV na série Naked City (1961) e teve sua primeira oportunidade nos cinemas num filme do grande Billy Wilder: Irma la Douce (1963).

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James Caan foi indicado ainda ao Emmy pelo telefilme Glória e Derrota (1971) e teve papeis memoráveis em produções como Louca Obsessão (1990), Profissão: Ladrão (1981) e Rollerball: Os Gladiadores do Futuro (1975). Mais recentemente, ele se destacou em Dogville (2003). Seu último filme lançado foi Queen Bees (2021). Mas, Gun Monkey (atualmente em fase de pós-produção) contou com o seu último trabalho nas telonas. Ao longo de sua prolífica carreira, na qual viveu vários personagens propensos à violência, James Caan dirigiu apenas um longa-metragem: Fuga à Luz do Dia (1980), no qual um operário vê sua ex-mulher desaparecer com os filhos depois de se casar com um mafioso. A nova família é posta no programa de proteção a testemunhas. James Caan emprestou sua voz a jogos de videogame, voltou esporadicamente aos palcos e certamente deixou uma carreira notável como legado.

Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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