A escritora Danuza Leão morreu nesta quarta-feira, 22, aos 88 anos, na cidade do Rio de Janeiro. Ela sofria de enfisema pulmonar e a causa da morte foi uma insuficiência respiratória. Nascida no interior do Espírito Santo, Danuza se mudou com a família à capital fluminense quando tinha 10 anos de idade. Ela começou uma bem-sucedida carreira de modelo nos anos 1950, se tornando uma das primeiras brasileiras a desfilar no exterior. Irmã da cantora Nara Leão, acompanhou de perto movimentos culturais importantes, como o nascimento da Bossa Nova. Como atriz de cinema, participou de dois filmes icônicos dirigidos por Glauber Rocha: Terra em Transe (1967) e A Idade da Terra (1980). Já na televisão, integrou o elenco da não menos marcante novela Dancin Days (1978). Além disso, foi promoter, produtora de arte, jurada de programa televisivo, dona de boutique e entrevistadora.

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No entanto, Danuza Leão ficou mais conhecida de uma geração recente por conta de seu sucesso como escritora. E ele começou em 1992, quando lançou Na Sala com Danuza, livro de etiqueta muito vendido. Em 2004, publicou Na Sala Com Danuza 2. Em seguida, escreveu Quase Tudo (2005), livro de memórias pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti. Danuza Leão Fazendo as Malas (2008) também venceu o Jabuti. Danuza Leão de Malas Prontas (2009) e É Tudo Tão Simples (2011) são outras publicações com a sua assinatura. Além dos livros, Danuza Leão foi cronista em diversos jornais de circulação nacional. Nelas, inclusive, criou inúmeras polêmicas, por exemplo, ao ser elitista e criticar a frequência de porteiros em Nova Iorque ou ao se colocar contrária ao movimento MeToo (que visa diminuir o assédio às mulheres na indústria do entretenimento).

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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