O ator e dublador Pietro Mário morreu nesta segunda-feira, 31, aos 81 anos, no Rio de Janeiro. Recentemente internado com Covid-19, ele se curou da doença, mas, de acordo com amigos, não resistiu a uma parada cardiovascular posterior. O velório será nesta terça-feira, 01, no Memorial do Carmo, na Zona Norte da capital fluminense. A cerimônia de cremação está marcada para às 16h. Pietro era italiano de nascimento, mas veio para o Brasil ainda jovem. Mais tarde, iniciou sua carreira como ator e ganhou projeção nacional ao ser o comandante do programa infantil Capitão Furacão, que estreou junto com a Rede Globo em 26 de abril de 1965. A atração ficou no ar por cinco anos, mostrando Pietro como o comandante de um navio que lia cartas dos telespectadores, promovia gincanas e dava conselhos aos “marinheiros iniciantes”. Ainda na emissora carioca, participou das novelas O Espigão (1974), Sinhazinha Flô (1978) e, mais recentemente, de Deus Salve o Rei (2018), seu último trabalho na telinha.

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A dublagem foi outro dos campos de atuação de destaque de Pietro Mário. São icônicas as suas versões de Tony Soprano, protagonista de Família Soprano (1999-2007), e a voz que emprestou ao mestre Yoda da saga Star Wars na trilogia clássica. Quanto à sua dublagem de desenhos animados, também são marcantes seus trabalhos como o Mestre Ancião de Cavaleiros do Zodíaco, o Capitão Caverna e o Rafiki de O Rei Leão (1994). Voltando à atuação, mas agora no cinema, Pietro participou de produções conhecidas, tais como Os Machões (1972), Memórias Póstumas de Brás Cubas (2001), Copacabana (2001), Chico Xavier (2010) e do ainda inédito M8: Quando a Morte Socorre a Vida (2019). Como protagonista, se destacou à frente do elenco do curta-metragem Pietro (2013).

Capitão Furacão – Foto: Divulgação/Rede Globo
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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