Zohan: O Agente Bom de Corte
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Dennis Dugan
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You Don't Mess with the Zohan
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2008
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Um militar israelense condecorado resolve fingir a própria morte e se mudar para Nova Iorque. Nos Estados Unidos ele pode realizar o sonho de se tornar um cabelereiro famoso.
Crítica
A idéia é tão absurda que chega a ser engraçada: um ‘quase’ super-herói judeu, cansado da eterna briga com os palestinos, finge a própria morte e vai para Nova York, onde pretende realizar o sonho de ser cabeleireiro! Claro que Zohan: O Agente Bom de Corte não é muito mais do que isso, e no geral a longa duração – são quase duas horas de projeção – acaba sendo um ponto contra, já que lá pelas tantas começamos a nos cansar de rir da mesma piada. Mas o filme é exatamente isso, um exagero sem muito propósito, cujo único objetivo é provocar riso diante do absurdo. E se durante este processo conseguir fazer dois ou três espectadores refletirem de forma crítica sobre a condição sócio-política que é utilizada como cenário, então já estaremos no lucro.
Zohan: O Agente Bom de Corte deveria ter sido levado às telas pela primeira vez no início dos anos 2000, mas os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 adiaram sua produção em mais de meia década. Isso, no entanto, mostra que sua concepção é muito anterior ao atual momento. Através de muita graça o filme mostra como, apesar de algumas brigas e discussões serem eternas, no fundo somos todos iguais, homem dotados de desejos comuns e em busca de prazeres simples, como trabalhar em algo que se gosta, em encontrar sua alma gêmea e ter ao seu alcance conforto e descanso. Só que isto está embalado no meio de muita palhaçada, absurdos e soluções rápidas, o que pode prejudicar uma melhor compreensão da mensagem original. Por outro lado, entretanto, facilita a comunicação com um público muito maior, dotando o projeto de uma amplitude muito maior. E fazendo girar as bilheterias no processo, claro.
Adam Sandler é um astro, sem sombra de dúvidas, e um dos mais bem sucedidos da atual Hollywood. Ele só faz o que quer, com quem quer e como quer. Ele tem sua turma, da qual fazem parte atores como Rob Schneider (Gigolô por Acidente) e Kevin James (Hitch: Conselheiro Amoroso), além de realizadores como Judd Apatow (O Virgem de 40 Anos) e Dennis Dugan (Eu os Declaro Marido e... Larry). Todos estes estão aqui novamente reunidos, sejam em participações especiais, no roteiro ou na direção. O importante é que é um grupo único, que se conhece e sabe como funcionam em conjunto. E por isso que o resultado, se não causa surpresas, ao menos satisfaz pela competência habitual já conhecida.
Apesar de não ter obtido nos Estados Unidos o resultado que se esperava, Zohan: O Agente Bom de Corte faturou quase US$ 100 milhões com o público de lá. Chega a ser curioso assistir a uma produção que tenha um subtexto tão crítico e que, mesmo assim, consegue provocar um riso aparentemente despreocupado e ingênuo. É fácil dizer que Zohan é pura bobagem, e ninguém que afirmar isso estará completamente errado. Mas aqueles que se dedicarem a ler além das entrelinhas encontrarão material interessante e pertinente. Não que o esse esforço em si seja válido – afinal, há muitos outros exemplos igualmente interessantes neste assunto e muito mais objetivos em seus discursos – porém quando vemos uma comédia em busca de reflexão, estamos de volta às origens do gênero, quando se é possível dizer as maiores verdades sem que ninguém se ofenda. Afinal, é tudo piada. Ou não?
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Robledo Milani | 6 |
Edu Fernandes | 4 |
Francisco Carbone | 4 |
MÉDIA | 4.7 |
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