Predador: Assassino dos Assassinos

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Sinopse

Predador: Assassino dos Assassinos acompanha três dos guerreiros mais brutais da história da humanidade: uma invasora viking que leva seu filho em uma busca sangrenta por vingança; um ninja no Japão feudal que precisa enfrentar seu irmão samurai em uma batalha cruel pela sucessão, e um piloto da Segunda Guerra Mundial que investiga uma ameaça de outro mundo contra os Aliados. Mas, embora todos os guerreiros sejam assassinos por direito próprio, eles são apenas presas para seu novo oponente: o Assassino de Assassinos. Ação.

Crítica

Para uma saga iniciada nos idos dos anos 1980 (O Predador, com Arnold Schwarzenegger, é de 1987), esta é uma franquia que, à despeito dos maltratos sofridos com o tempo, tem demonstrado impressionante vitalidade. Ainda mais por ter dado a impressão de ter perdido fôlego logo após o segundo longa (Predador 2: A Caçada Continua, 1990, cujo protagonista foi substituído por… Danny Glover). Depois de dois episódios combinados com o Alien criado por Ridley Scott, uma outra aventura que contou até mesmo com a participação da brasileira Alice Braga e uma retomada que carecia de inspiração capitaneada por Shane Black, foi somente quando o novato Dan Trachtenberg assumiu o comando que as coisas, enfim, tomaram um rumo. Primeiro comandou Predador: A Caçada (2022), talvez a melhor aventura de todas as estreladas pelo personagem. E no aquecimento para o ainda inédito Predador: Terras Selvagens (previsto ainda para 2025), eis que se aventura pela animação com esse Predador: Assassino de Assassinos, filme que funciona tanto como prólogo para este futuro lançamento, como agrado para o fãs que há muito torciam por mais informações a respeito deste universo.

O início dá a impressão de se estar diante de uma antologia. São três capítulos quase independentes: Escudo, Espada e Bala. O primeiro se passa em 800 d.C., e conta a história da guerreira Ursa, que na tentativa de vingar seu pai acaba perdendo o filho em batalha. Quase um milênio se passa, e no século XVII dois irmãos são postos um contra o outro pelo próprio pai. É o fim do período que ficou conhecido como Japão Medieval, e apenas um poderá levar adiante a responsabilidade do feudo familiar. O que recebe a honra a conquista não por merecimento, mas por desistência do outro. Porém, quando ameaças externas se aproximam, eles terão que decidir se seguirão juntos ou separados. Por fim, Torres – o sobrenome latino não passa desapercebido – é um jovem do interior dos Estados Unidos que é convocado para servir na Segunda Guerra Mundial como piloto da aeronáutica. E em meio a um combate aéreo altamente arriscado, será ele que fará diferença ao perceber aquilo que mais ninguém parece ter se dado conta.

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Passa-se mais da metade do 85 minutos de duração de Predador: Assassino de Assassinos para que, enfim, o espectador tenha uma melhor ideia do que, de fato, está acontecendo. Pois no desfecho de cada um dos três episódios iniciais, quando o protagonista termina por derrotar seus piores inimigos, um outro mortal oponente surge como que caído dos céus: um enviado da raça Predador, que há tempos os observava, avaliando suas habilidades e potencial. Ursa, Kenji e Torres são, de uma forma um tanto enviesada, campeões a seu modo, pois conseguem acabar com a ameaça que imaginavam ser final. Pois bem, ledo engano. Pois esse era apenas mais um teste. Assim, os três se veem capturados e levados, através do tempo e do espaço, ultrapassando épocas e gerações, ao planeta alienígena onde os predadores reinam. E será lá onde a batalha por suas vidas, enfim, terá início.

Uma luta de morte. Apenas um deverá sobreviver. E esse, terá que duelar comigo”. É assim que os lutadores da Terra sobreviventes são recebidos pelo maior campeão predador. Porém, é importante prestar atenção: antes do combate com os alienígenas, eles terão que se enfrentar entre si. Partirão imediatamente ao ataque, ou seguirão o exemplo de Kenji, que séculos atrás baixou guarda e preferiu a suposta desonra da derrota do que a inglória de uma vitória sobre aquele que mais admirava? Enquanto decidem, os predadores os analisam, estudam e aprendem. Fazendo uso de recursos que muito provavelmente se tornariam proibitivos em uma versão live action, o longa dirigido por Trachtenberg em parceria com Joshua Wassung (técnico de efeitos visuais de filmes como Transformers: O Despertar das Feras, 2023, e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, 2022) explora com criatividade o meio no qual se desenrola, preparando terreno para uma aventura que promete bastante – e pelo que é visto até aqui, as perspectivas de entrega se apresentam sólidas. Se de fato isso deverá se confirmar, bom, só o tempo dirá.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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CríticoNota
Robledo Milani
6
Leonardo Ribeiro
7
MÉDIA
6.5

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