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Sinopse

Gargamel está, mais uma vez, atrás da essência dos protagonistas. Para atingir seu objetivo, ele cria os Naughties, seres pequeninos que são uma espécie de versão malvada dos Smurfs. Os heróis precisarão contar com a ajuda dos amigos humanos para salvar a Smurfette das garras dos inimigos.

Crítica

Há dois anos chegava aos cinemas, após anos de espera (e receio) a primeira aventura das criaturas azuis mais famosas do mundo. Um longa divertido, passageiro e nostálgico que arrecadou quase 600 milhões de dólares em todo mundo. Óbvio que, com tamanho sucesso, não demoraria para uma sequência ser lançada. E eis que agora Os Smurfs 2 chega para continuar a engraçada aventura dos personagens que fazem a alegria das crianças desde os anos 1980. E o melhor: a continuação é tão (ou mais) eficiente que o primeiro filme.

A trama desta vez gira em torno de Smurfette (novamente com Katy Perry na dublagem original), que no dia de seu aniversário é capturada por Gargamel (Hank Azaria), seu gato Cruel e os novos comparsas, os “danadinhos” (uma espécie de “clones mal feitos” dos Smurfs), Vexy (Christina Ricci) e Hackus. O detalhe é que agora o vilão é um astro da magia no mundo e está passando uma temporada na França. Para “dominar” o globo de vez, ele precisa que a pequena loira revele a formula mágica que a transformou de danadinha em uma smurf de verdade. Óbvio que o Papai Smurf vai em busca de sua filha adotiva com a ajuda dos leais Desastrado, Vaidoso e Ranzinza.

Além de traçar os paralelos da personalidade da Smurfette, o longa ainda toca num assunto familiar (o que vai gerar a legítima “moral da história”, tão típica dos desenhos animados da época de Os Smurfs) quando entra na questão pai de sangue x pai adotivo, tanto no núcleo dos seres azuis quanto nos personagens humanos da trama: o casal Patrick e Grace (Neil Patrick Harris e Jayma Mays) está de volta com seu filho Blue (Azul) já crescido e com o acréscimo do divertido Brendan Gleeson no papel do padrasto do personagem de Harris, com quem vive uma relação conflituosa.

Porém, quem rouba a cena, é claro, são os smurfs em um roteiro cartunesco, leve, inocente, mas que não desafia a inteligência do espectador. Se existe algo que pareça fora de contexto ou simplesmente colocado de forma esdrúxula, não se preocupe: a intenção era esta mesmo. Há ainda uma bela brincadeira com a diversidade sexual ao inserir um personagem que, por seus trejeitos, é claro, seria o personagem gay da trama, o smurf Vaidoso, um Narciso sem tirar nem pôr responsável por algumas das tiradas mais engraçadas do longa.

A dica é ir ao cinema sem expectativa nenhuma além de dar boas risadas e entreter as crianças. Para os adultos que cresceram assistindo ao desenho animado na televisão, o tom nostálgico toma conta e não se surpreenda se você lembrar com saudade dos seus bonequinhos de infância. Eles agora voltaram a se mexer pelas telas, fazendo o público abrir um sorriso. E só por isto Os Smurfs 2 cumpre mais do que se propõe.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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