Crítica
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Sinopse
Mary tem uma vida aparentemente perfeita. Dona de uma linda moradia, casada com um homem bem-sucedido economicamente, mãe de uma menina de 12 anos de idade e gozando de uma carreira consolidada como designer de roupas. Ao lado de suas amigas, ela enfrenta as pequenas adversidades do dia a dia.
Crítica
Dentre os recentes campeões de bilheteria do verão norte-americano, dois foram verdadeiras surpresas: Sex and the City (2011) e Mamma Mia! (2008), ambos apostando com força no público feminino (e gay, claro). Então não é novidade alguma que Hollywood tenha decidido seguir investindo neste universo. E o que temos é esse Mulheres... O Sexo Forte, longa que ganha pelo bom elenco, mas peca pelos desperdício de oportunidades. Ele nada mais é do que um arremedo de tantas outras produções semelhantes, claramente inspirado no já citado Sex and the City (2011). É divertido, provoca algumas risadas e tal, mas é tudo tão estereotipado e previsível que dificulta a identificação com o público e um envolvimento mais profundo.
Refilmagem do clássico As Mulheres (1939), dirigido por George Cukor (Minha Bela Dama, 1964) e estrelado por Joan Crawford, Joan Fontaine, Norma Shearer e Rosalind Russell, o mais surpreendente da produção, no entanto, é que assim como na versão original o elenco inteiro – das protagonistas às coadjuvantes, passando inclusive pelas crianças e até animais – é composto exclusivamente por... mulheres! Só há personagens femininas! Mas isso acaba sendo uma falsa ilusão, por que sobre o que elas falam o tempo inteiro? Homens, é claro!
Meg Ryan (mais uma vez tentando obter algum reconhecimento num papel mais dramático, distante da composição tola vista no recente Mais do que você Imagina, 2008) é uma feliz dona de casa e mãe de família que vê seu mundo vir abaixo quando descobre que o marido está tendo um caso com uma fogosa vendedora (Eva Mendes, de Motoqueiro Fantasma, 2007, investindo tudo em sua sensualidade) de uma loja de departamentos. Se a mãe (a sempre ótima Candice Bergen, porém um pouco plastificada demais) lhe aconselha a fingir que não sabe de nada, as melhores amigas (Annette Bening, Debra Messing e Jada Pinkett Smith) terminam por se intrometer um pouco além da conta, obrigando-a a tomar uma posição – que acaba, claro, na separação. Sozinha, o que acontece? Ela se “redescobre”, se afirma profissionalmente, reconecta-se com a filha e... tchã tchã tchã... reencontra o amor de sua vida!
Dirigido por Diane English (também roteirista, agora estreando como realizadora), Mulheres... O Sexo Forte (o subtítulo nacional é de doer...) é um amontoado de clichês de provocar constrangimento nas mais feministas, risadas no público masculino e vergonha no seu público alvo, que se verá na tela grande como dondocas riquinhas mal acostumadas e capazes de traições, mentiras e outros absurdos quando buscam metas materiais, como manter o status quo, o emprego que sempre sonharam, a casa-mansão, a segurança da família e a tranquilidade dos empregados. Realização pessoal, boas amizades e bem estar, valores mais difíceis de serem quantificados, acabam virando conseqüências. Se atingidos, legal. Caso não dê... fazer o que? Assim é a vida. Ou não?
Mulheres... O Sexo Forte acaba valendo mais como curiosidade, por trazer novamente à ativa nomes que há tempos não víamos, como uma divertida Bette Midler (numa pequena, porém marcante, participação), a oscarizada Cloris Leachman (A Última Sessão de Cinema, 1971), Carrie Fisher (a Princesa Leia de Star Wars) e Debi Mazar (que ultimamente tem marcado mais presença na televisão, em séries como Entourage e Ugly Betty). E não deixa de ser engraçado, e ao mesmo tempo bizarro, só vermos mulheres em cena, o tempo inteiro. Parece um universo paralelo. E talvez seja isso mesmo que o filme queira mostrar. E se você não acredita nesta divisão tão radical, assim como eu, é bastante provável que também o considere uma grande perda de tempo, dinheiro e esforços!
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Robledo Milani | 4 |
Ailton Monteiro | 5 |
Francisco Carbone | 3 |
Alysson Oliveira | 1 |
MÉDIA | 3.3 |
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