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Sinopse

Jovem estudante britânica apaixona-se por rapaz americano. Entretanto, eles são obrigados a se separar quando a moça é expulsa dos Estados Unidos porque seu visto de permanência venceu.

Crítica

Anna é uma inglesa que está estudando nos EUA. Ela conhece Jacob, os dois se apaixonam, vivem meses de amor até que a faculdade dela acaba e a garota precisa voltar para a Inglaterra ou o visto pode expirar. A jovem resolve ficar e passar as férias com o namorado para depois tentar renovar a estadia em terras norte-americanas. O problema é que ela acaba banida por tempo indeterminado. E agora, como levar adiante esta história de amor longes um do outro? É essa, então, a proposta de Loucamente Apaixonados.

O tema não é novo. Um exemplo recente é a comédia Amor à Distância (2010), com Drew Barrymore. Mas enquanto este sofre de uma falta de profundidade sobre o assunto, Loucamente Apaixonados ganha pontos (e muitos) pelo roteiro extremamente realista e que levanta diversas questões: como continuar a relação? Será que o sentimento continua o mesmo? Ela não me ama mais? Ele só quer saber do trabalho? Se eu ligar tal horário e ela estiver dormindo? E se eu entrar no Skype e ele estiver no trabalho? Será que vou cair em tentação com outras pessoas? Com quem vou dormir se ele/ela não está aqui? Como vamos nos encontrar? E quando?

Questões que até podem parecer banais para muitos, na verdade, são totalmente atuais com o crescimento contínuo de redes sociais na internet que permitem conhecer pessoas de diversas parte do mundo e manter relações com ela. O grande triunfo de Loucamente Apaixonados está no todo: do elenco ao roteiro, da direção à edição apressada, mas sem ser atropelada. Vemos meses e até anos passarem na tela em 90 minutos. E claro, a relação fica cada vez mais complicada à medida que os esforços de Anna (a sensacional revelação Felicity Jones) para tentar voltar aos EUA não vão dando certo.

Enquanto isso, um vizinho se aproxima dela, ao mesmo tempo em que uma colega de trabalho (Jennifer Lawrence) começa a se envolver com Jacob (Anton Yelchin). Relações paralelas que não atrapalham o sentimento do casal principal, mas acaba trazendo brigas e muito desgaste. Afinal, como lidar com amor, confiança, ciúmes e fidelidade a mais de 7 mil km de distância? Não há respostas prontas, assim como não há nada preto no branco. Não há a “demonização” da traição como o grande vilão da história. Ambos erram e acertam ao mesmo tempo. Percebe-se que os dois querem estar juntos, mas chega a um ponto que, de tanto tentarem, eles não sabem mais como é ficar na presença um do outro. E eis o ponto forte do filme: podemos ter a certeza de que o amor pode vencer tudo? Ou não? A resposta está na cabeça romântica – ou não – de cada um.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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