Agente 86

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Sinopse

Maxwell Smart, o famoso Agente 86 que trabalha para a organização secreta CONTROL, deve usar suas habilidade para combater as forças da KAOS. Ao seu lado, conta com a competente Agente 99.

Crítica

Criado em 1965 por Mel Brooks e Buck Henry, o atrapalhado detetive secreto interpretado na televisão por Don Adams (1923 – 2005) chegou, enfim, aos cinemas em Agente 86. Astros como Jim Carrey, Martin Lawrence e Will Ferrell entraram na disputa para o papel de protagonista, mas nenhuma escolha seria mais apropriada para reviver Maxwell Smart do que Steve Carell, o comediante que virou astro após o sucesso de O Virgem de 40 Anos (2005). E amparado por uma boa equipe – Anne Hathaway pós- O Diabo Veste Prada (2006), Alan Arkin pós- Pequena Miss Sunshine (2006), Dwayne Johnson e Terence Stamp – Carell comanda um projeto repleta de acertos, entregando ao público uma divertida comédia que deve agradar tantos aos fãs do programa original como aqueles que estão chegando agora.

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Agente 86, a série, nasceu como uma paródia dos filmes de James Bond. Bem, se hoje o próprio 007 foi revitalizado (vide Daniel Craig), além do renascimento de outros heróis similares, como Ethan Hunt e Jason Bourne, porque o riso que nasceu da mesma fonte não seguiria caminho idêntico? Sai, desta forma, a Guerra Fria e entra em cena uma nação misteriosa qualquer, com os velhos planos de dominar o mundo. 86 continua sendo membro da agência C.O.N.T.R.O.L.E., tendo que enfrentar os perigos da organização do mal K.A.O.S.. Mas este é um filme de origem, e ficamos sabendo como ele se tornou agente de campo, como a parceria com a 99 (Hathaway) começou e quais foram suas missões iniciais. E o melhor: acompanhamos desde o início as incríveis trapalhadas em que ele inadvertidamente acaba se metendo e os modos fantásticos como termina escapando dos mais arriscados perigos.

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Com um orçamento de US$ 80 milhões, Agente 86 estreou nos Estados Unidos derrubando O Incrível Hulk (2008) e conquistando o topo das bilheterias, com quase a metade deste valor somente nos três primeiros dias de exibição. Acompanhando tudo isso há também a crítica, que abraçou sem grandes ressalvas a versão cinematográfica da antiga série. Entre os pontos fortes, além da boa sintonia do elenco, estão os efeitos especiais competentes – que não ficam devendo nada a outras produção mais “sérias” – e a direção segura de Peter Segal (Como se fosse a Primeira Vez, 2004), profissional que, mesmo antes dos 50 anos de idade, já pode ser considerado um ‘veterano no gênero’. E isso sem falar que a música-tema é 4 Minutes, sucesso de Madonna (ao lado do astro pop Justin Timberlake). Aliás, a única surpresa aqui é como uma continuação não foi providenciada logo em seguida?

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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