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Os super heróis podem ser queridos, ter suas identidades secretas para proteger a todos, salvar o mundo… mas, convenhamos, eles não são nada sem um bom antagonista. E não faltam vilões adorados por todo o globo. Especialmente nas histórias em quadrinhos. Pois desde que o início da década passada, com o boom de vários filmes estrelados, principalmente, por personagens da Marvel e da DC Comics, esta paixão só aumentou, ainda mais que o número de produções tem aumentado cada vez mais. Com a estreia de Esquadrão Suicida, o grupo vilanesco forçado pelo governo a salvar o dia, nada melhor que lembrar dez das figuras malignas mais marcantes dos longas baseados em HQs. Aliás, será que o seu está por aqui?

 

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Caveira Vermelha
Filme essencial: Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, 2011)
Steve Rogers foi forjado como Capitão América durante a Segunda Guerra Mundial. Na batalha contra o nazismo, ele não pensava que poderia encontrar um inimigo pior que Adolf Hitler em pessoa. Pois Herr Johann Schmidt é a encarnação do mal em todos os aspectos: tirano, sociopata, megalomaníaco, racista, xenófobo. Tudo de ruim que se possa pensar pode ser aplicado ao alterego do Caveira Vermelha. E na pele de Hugo Weaving, talvez um dos melhores intérpretes de vilões do cinema recente, o principal inimigo do bandeiroso ganha contornos ainda mais densos e sombrios no primeiro filme solo do herói. Sem escrúpulo nenhum, não é de se espantar que o vilão traia a todos, seja com golpes covardes numa batalha corpo a corpo com os adversários ou na falta de palavra com os aliados. Um dos personagens mais complexos, interessantes e, porque não dizer, o diabo em pessoa da Marvel. Uma pena que ele tenha “morrido” (será?) no longa de 2011. Será que um certo cubo cósmico não traz ele de volta? Tomara. – por Matheus Bonez

 

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Coringa
Filme essencial: Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008)
Icônico vilão de Gotham City, o Coringa já foi interpretado no cinema por nada mais nada menos que Jack Nicholson. Contudo, ainda que o trabalho dessa verdadeira instituição norte-americana seja marcante, nada se iguala à composição de Heath Ledger. O antagonista de Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) é um agente do caos, figura sem motivações costumeiras, tais como ficar rico, ganhar notoriedade, dominar o mundo ou algo que as valha. Com uma maquiagem macabra, explicações diversas à cicatriz pintada de vermelho que forma um sorriso marcante, o Coringa de Ledger quer apenas ver o circo pegar fogo, não importando se no meio do caminho mortes acontecerão. Autoproclamado o duplo sinistro de Batman, herói sem o qual sua existência não teria qualquer sentido, ele se diverte como uma criança ao explodir hospitais, assaltar bancos, ameaçar potenciais vítimas, bem como ao negociar alianças com o submundo na base da galhofa, inclusive ateando fogo numa pilha considerável de dinheiro. A insanidade deste Coringa decorre de uma patologia social, faz dele um representante da anarquia que bagunça a ordem e, por conseguinte, a lei. Comparar o Coringa de Ledger com o de Jared Leto, este visto em Esquadrão Suicida (2016), então, é até covardia. – por Marcelo Müller

 

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Doutor Octopus
Filme essencial: Homem-Aranha 2 (Spider-Man 2, 2004)
O Dr. Otto Gunther Octavius é o arqui-inimigo que o cineasta Sam Raimi escolheu para desafiar o Homem-Aranha no filme mais autoral e violento da primeira trilogia do aracnídeo nos cinemas. Em Homem-Aranha 2 (2004), Octavius, interpretado por Alfred Molina, se transforma em vilão após a morte da esposa e uma experiência malsucedida. Aliás, o despertar do Dr. Octopus na mesa de cirurgia, onde seus tentáculos seriam removidos, é uma grande cena, alusiva aos filmes B que fizeram Raimi se tornar um nome conhecido, principalmente nos circuitos alternativos. Molina constrói um personagem que carrega no semblante a loucura desmedida, sentimento destrutivo alimentado por rancores e por uma sede insaciável de vingança. Cabe ao Aranha, vivido então por Tobey Maguire, tentar deter esse sobre-humano capaz de escalar prédios e dar conta de uma série de oponentes ao mesmo tempo. Esta foi a única vez em que Octopus apareceu no cinema e, embora o Duende Verde ainda seja considerado o principal antagonista do Amigo da Vizinhança, inclusive frequentando mais as telonas, Octopus é quem coloca o herói em mais graves apuros, como na marcante cena do trem, um dos pontos altos da contribuição de Raimi ao universo criado por Stan Lee e Steve Ditko. – por Marcelo Müller

 

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General Zod
Filme essencial: O Homem de Aço (Man of Steel, 2013)
Ajoelhe-se perante Zod. Atrás de Lex Luthor, o General Zod é o principal vilão das histórias do último filho de Krypton no cinema. O personagem estreou em Superman: O Filme (1978) em uma pequena cena inicial, no prólogo do longa, como uma semente muito bem plantada para a sequência, lançada em 1980. Vivido por Terence Stamp com imponência – se não através de um corpo musculoso, mas de inteligência e muita atitude, o nêmesis de Kal-El (Christopher Reeve) se mostrou uma ameaça difícil de ser combatida, ainda mais após sua associação com o gênio do crime vivido por Gene Hackman. Em O Homem de Aço (2013), o personagem retornou ainda mais virulento, interpretado por Michael Shannon. Responsável direto pela morte de Jor-El (Russell Crowe), o pai de Superman, Zod promete vingança quando é banido de Krypton e patrocina um verdadeiro banho de sangue quando, anos e anos depois, consegue sair de seu exílio, encontrando o filho de seu inimigo vivendo na Terra. A destruição é impressionante quando o vilão encontra o Superman de Henry Cavill – carnificina tanta que gerou polêmica, sendo remediada de alguma forma em Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2015), que conta com uma ponta um tanto inanimada do general. – por Rodrigo de Oliveira

 

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Lex Luthor
Filme essencial: Superman: O Filme (Superman, 1978)
A mais brilhante mente criminosa de todos os tempos. É assim que Lex Luthor se enxerga – e não está muito longe da realidade, como pudemos ver em Superman: O Filme (1978), quando o personagem interpretado por Gene Hackman consegue ligar pontos bastante distantes para descobrir o quanto a Kryptonita pode fazer mal ao herói interpretado por Christopher Reeve. Na continuação lançada em 1980, ele se associa com o alienígena Zod (Terence Stamp) para terminar de uma vez por todas com o kriptoniano. Sem sucesso, em 1987, retornou em Superman IV: Em Busca da Paz para destruir seu inimigo criando o Homem Nuclear. Com senso de humor e vilania em proporções generosas, Hackman foi o ator que melhor vestiu as características do vilão de Metropolis, embora tenha se recusado a raspar a cabeça para dar o visual clássico ao personagem. Anos depois, Kevin Spacey não viu problemas nisso e foi o único destaque a se salvar do decepcionante Superman: O Retorno (2006), mimetizando algumas características criadas por Hackman. Dez anos depois, Jesse Eisenberg assumiu o papel em atuação divisora de opiniões em Batman vs Superman: A Origem da Justiça. – por Rodrigo de Oliveira

 

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Loki
Filme essencial: Os Vingadores (2012)
Inspirado na figura da Mitologia Nórdica, Loki (conhecido como Deus do Fogo, das Trapaças e Travessuras) é o filho adotivo de Odin e meio-irmão de Thor nas HQ’s da Marvel. No universo cinematográfico do estúdio, o personagem acabou assumindo um papel extremamente importante, não só como antagonista do Deus do Trovão em seus dois filmes solo, mas também como a ameaça responsável por unir pela primeira vez a maior equipe de super-heróis da Terra em Os Vingadores (2012). Encarregado de dar vida a Loki, o britânico Tom Hiddleston realiza um ótimo trabalho, transmitindo a personalidade complexa de um ser ardiloso e cínico, mas ao mesmo tempo atormentado e trágico, que se sente preterido pelo pai em relação ao irmão e almeja tomar o trono de Asgard. As intrigas palacianas e as relações familiares com toques shakespearianos dão o tom de sua participação tanto em Thor (2011) quanto em Thor: O Mundo Sombrio (2013), mas é mesmo em Os Vingadores que ele tem seu grande momento. Do encontro com Tony Stark ao hilário embate com Hulk, Loki conseguiu ganhar a simpatia do público, que se identificou com sua aura ambígua, transformando-o no vilão mais marcante da Marvel nos cinemas até o momento. – por Leonardo Ribeiro

 

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Magneto
Filme essencial: X-Men 2 (X2, 2003)
Talvez de todos os personagens selecionados na nossa lista, Magneto seja o menos vilão. Na verdade, nem se pode propriamente chamá-lo de algoz. Sim, ele constantemente se coloca contra os heróis dos filmes X-Men, não tem muitos escrúpulos e seus planos normalmente envolvem a morte de várias pessoas. Mas maléfico? Cruel? Não. Erik Lehnsherr é o resultado de uma política racista (no caso, o nazismo), assim como vários outros mutantes – a triste diferença entre ele e Xavier são os modos como decidiram enfrentar o preconceito, a segregação e até o extermínio da raça mutante. Enquanto Xavier é pacifista, Erik é um radical cuja amargura nasceu numa guerra, uma batalha que para ele jamais acabou. O que faz dele um dos personagens mas instigantes já adaptados dos quadrinhos – principalmente em X-Men 2. Uma complexidade que seus intérpretes, Ian McKellen e Michael Fassbender, incorporam cada um a sua maneira. O último através da intensidade da versão jovem, imprudente, temperamental e ainda descobrindo a capacidade de seus poderes, e o outro pela frieza e astúcia que a idade conferiu a esse “vilão” tão cativante capaz de controlar qualquer metal. Já completamente ciente da extensão de seus poderes, o velho Magneto é mais comedido em expressar suas emoções. – por Yuri Corrêa

 

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Mística
Filme essencial: X-Men: O Filme (X-Men, 2000)
Nos dois primeiros filmes da série X-Men, Mística não tinha o destaque grandioso que possui nas mais recentes realizações dos mutantes nas telas. Nem era assim tão boazinha e com o semblante simpático que Jennifer Lawrence passa. A performance de Rebecca Romijn nas primeiras produções possuía pouco tempo em tela, somente uma participação-chave e uma ideia de uma vilã repleta de contradições e amargurada. Femme fatale por excelência, Mística era destacada quase sempre acompanhada de Magneto, como sua fiel comparsa, do que ganhando o destaque solo que merecia. Porém, seus atos vilanescos associados às cenas de lutas davam o tom sombrio e a ação necessária para a trama, quase como uma peça fundamental nesse jogo de xadrez dirigido por Bryan Singer.  Uma das cenas do primeiro filme, a luta intensa de dois Wolverines, evolui para o morfar de Mística e um corpo a corpo quase sensual, com uma excelente coreografia e performance de Romijn, refletindo a sua capacidade de transpor com sucesso na performance tons mais físicos do que psicológicos, já que pouco espaço existia para as complexidades atuais que Lawrence deu para a personagem. No andar e nas maneiras como se desvencilha de Logan, assistimos quase uma mistura de cobra e pantera.  Vale lembrar que, além da adaptação de uma história solo da Viúva Negra, certamente uma dedicada à Mística seria um belo de um espetáculo. – por Renato Cabral

 

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Mulher Gato
Filme essencial: Batman: O Retorno (Batman Returns, 1992)
Esqueça as deliciosamente exageradas Eartha Kitt e Julie Newmar (do seriado Batman, 1966-1968), a desastrada Halle Berry (Mulher-Gato, 2004, o único filme solo da personagem até hoje) ou a por demais realista Anne Hathaway (do épico Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, 2012): a mais perfeita concepção da Mulher-Gato no cinema até hoje foi na forma e talento de Michelle Pfeiffer, em Batman: O Retorno. Ronronante e selvagem, ela venceu uma competição que incluía nomes como Annette Bening e até Madonna para ser o contraponto de um Homem-Morcego um tanto perdido (Michael Keaton) e uma besta surgida das profundezas (o Pinguim de Danny DeVito). Instável e sedutora, está sempre na linha tênue entre a razão e a loucura, buscando uma vingança que poderá ter um preço alto demais. Seus poderes não precisam explicação, pois a atuação hipnótica envolve heróis e bandidos, todos literalmente aos seus pés e atendendo-a nos planos mais insanos. Michelle faz a mudança de Hello, There! (olá, vocês!) para Hell here! (inferno aqui) com impressionante naturalidade, deixando todos – em ambos os lados da tela – à sua mercê. Tão marcante que, mesmo 25 anos depois, segue sendo a encarnação definitiva da personagem! – por Robledo Milani

 

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Pinguim
Filme essencial: Batman: O Retorno (Batman Returns, 1992)
A composição do Pinguim foi um dos grandes acertos de Tim Burton em Batman: O Retorno (1992), segunda passagem do diretor pela franquia Batman, depois do ótimo filme de 1989. De criminoso genial e aristocrático nos quadrinhos, Pinguim se transformou, no corpo minúsculo de Danny DeVito, num típico personagem burtoniano: um pária na sociedade por suas deformações e comportamento incivilizado, mas que, ao contrário da graciosidade de um Edward Mãos-de-Tesoura, se revela um monstro horripilante, encarnação do lado mais negro e subterrâneo de Gotham City. O êxito dessa representação grotesca do vilão foi tamanho que, quando Batman: O Retorno estreou nos cinemas, eu, aos cinco anos de idade, me recusei a entrar na sessão para a qual já tinha ingresso comprado, com medo daquela figura assustadora que gritava alucinada num trailer exibido repetidamente na bilheteria. E mesmo tendo visto o filme algumas vezes ao longo dos anos seguintes, inclusive já adulto, a presença repulsiva do personagem em cena continuou a me impressionar muito. O que é bastante significativo, considerando que Batman: O Retorno é recorrentemente lembrado por ter sido “roubado” pela Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer. – por Wallace Andrioli

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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