Mahatma Gandhi, o grande líder indiano que conseguiu a independência de sua nação com mensagens de paz, é um dos nomes mais icônicos da história mundial recente. Sua cinebiografia, tão grandiosa quanto a sua vida, foi dirigida por Richard Attenborough. A produção levou oito Oscar, inclusive o de Melhor Ator para Ben Kingsley, assombroso no papel-título. Porém, a produção não é apenas um amontoado de prêmios e estatuetas. Sua trama se passa entre o final do século XIX e o dia 31 de janeiro de 1948, data do velório de Gandhi. O roteiro de John Briley traça um paralelo entre a trajetória do biografado e os principais acontecimentos da Índia no período retratado, sem se tornar somente uma grande homenagem a Gandhi, como se ele fosse alguém 100% correto em suas decisões. O mais importante é como o então advogado começou a lutar pela independência de seu país, valendo-se da política da não violência. Jejuns, passeatas, greves e retiros espirituais. Todos os meios pacíficos possíveis para promover a conciliação entre hindus e muçulmanos e se livrar do domínio britânico. Uma das cenas mais chocantes é a que retrata o Massacre de Amritsar, no Punjab. Infelizmente, Gandhi foi assassinado em Nova Delhi por um extremista hindu. A partir de sua morte ele ganhou a alcunha de Mahatma, a “grande alma”. Melhor nomenclatura para definir alguém que soube lutar pelos outros apenas com seus ideais, sem precisar recorrer à violência das grandes guerras.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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