Já com grande poder dentro da Marvel Studios, Robert Downey Jr. indicou Shane Black, com quem trabalhara em Beijos e Tiros (2005), para assumir a direção do terceiro longa do Homem de Ferro, após a saída de Jon Favreau (diretor dos dois primeiros). Nascia aí o filme mais detestado do UCM, principalmente pelas escolhas tomadas em relação ao vilão, o Mandarim (vivido por ninguém menos do que Sir Ben Kingsley). Além disso, quase ninguém suportou a presença do jovem ator Ty Simpkins que, para piorar, assumiu o papel de principal coadjuvante. Apesar de tanto nariz torto, o filme fez uma das bilheterias mais expressivas da Marvel até o seu lançamento e marcou uma boa retomada – ele é o primeiro da Fase 2 do estúdio. Além disso, quase todos concordam que o bom humor e o carisma de Robert Downey Jr., praticamente o tempo todo em tela, salvaram o projeto de ser um desastre. Shane Black pode ter errado um pouco a mão aqui e ali, além de ter tomado decisões que enfureceram os fãs, mas como longa que deve funcionar em si mesmo, a terceira aventura do herói não é tão ruim. O verdadeiro vilão de tudo, Killian, vivido por um sempre interessante Guy Pearce, que sabe fazer um canalha antipático como ninguém, somou à produção. Além disso, o filme teve o investimento de trocentas empresas de efeitos visuais, o que garante, ao menos nesse quesito, ser impecável. Mas é verdade que pouco fede ou cheira. Se você vai maratonar os filmes do UCM, talvez queira pular esse aqui.
:: Média 5,5 ::

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é formado em Produção Audiovisual pela PUCRS, é crítico e comentarista de cinema - e eventualmente escritor, no blog “Classe de Cinema” (classedecinema.blogspot.com.br). Fascinado por História e consumidor voraz de literatura (incluindo HQ’s!), jornalismo, filmes, seriados e arte em geral.
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