INDICADOS:
- Aquel No Era Yo, produzido por Esteban Crespo
- Avan Que De Tout Perdre, produzido por Xavier Legrand e Alexandre Gavras
- Helium, produzido por Anders Walter e Kim Magnusson
- Pitääkö Mun Kaikki Hoitaa?, produzido por Selma Vilhunen e Kirsikka Saari
- The Voorman Problem, produzido por Mark Gill e Baldwin Li
Esta categoria faz parte do trio de ‘alienígenas’ para todos os que costumam acompanhar a grande festa. São as três estatuetas dedicadas aos curtas-metragens, filmes menores (com no máximo 30 minutos de duração) divididos em três gêneros específicos: ficção, animação e documentário. Muitos cineastas consagrados e atores populares já passaram por esta seleção, além dela sempre abrir espaço para talentos que, de outra forma, nunca conseguiriam tamanha exposição. Neste ano, os cinco concorrentes são europeus, com representantes da Espanha, França, Dinamarca, Finlândia e Inglaterra. Reconhecidos em seus países de origem – a maioria – e praticamente desconhecidos nos Estados Unidos – onde moram quase todos os votantes do Oscar – é o caso em que qualquer coisa, literalmente, pode acontecer.
Favorito: The Voorman Problem sai na frente por alguns motivos: (1) é o único em inglês; (2) tem como protagonistas dois atores relativamente famosos, Martin Freeman (O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, 2012) e Tom Hollander (Questão de Tempo, 2013); (3) foi indicado ao Bafta; (4) exibido com sucesso nos festivais de Toronto, Varsóvia, St Louis, Rhode Island, Bruxelas e Aspen; (5) possui uma trama inusitada, sobre um psiquiatra que precisa determinar que seu paciente, que acredita ser Deus, é louco ou não. Todos estes motivos, no entanto, são facilitadores para despertar a atenção dos membros da Academia, que podem se interessar em assisti-lo. No entanto, não garante vitória sob hipótese alguma.
Torcida: Aquel No Era Yo, da Espanha, ganhou o Goya e possui a história mais realista, por assim dizer, a respeito de crianças enfrentando as durezas da guerra na África – um tema que sempre despertou a atenção dos votantes do Oscar. O diretor e roteirista Esteban Crespo tem uma longa e premiada carreira como curta-metragista, e muitos apostam nesse trabalho como sua melhor obra, um resultado universal que tem todo o potencial para se comunicar com efeito com espectadores de qualquer parte do mundo e, assim, garantir a simpatia e o voto determinante.
Azarão: Helium parece ser o mais fantasioso dos cinco concorrentes. Se Avan que de tout perdre, da França, e Pitääkö mun kaikki hoitaa?, da Finlândia, tratam com drama (o primeiro) ou humor (o segundo) as agruras familiares, o curta da Dinamarca tem como protagonista um menino moribundo que se refugia das dores do seu dia-a-dia ao ouvir as histórias sobre um lugar mágico chamado Helium, narradas por Enzo, o zelador do hospital. O fato de contar com uma criança como protagonista pode contar pontos, mas talvez o resultado obtivesse maior efeito se tivesse sido realizado em animação, por exemplo.
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