A húngara naturalizada brasileira Eva Todor foi artista desde cedo, pois bailarina infantil na Europa. Porém, aos 10 anos, ela teve de fugir com a família para o Brasil. Não demorou para que seu talento fosse reconhecido por aqui também, já que seus pais sempre a incentivaram. Logo ela foi tragada pelo teatro. Com seu primeiro marido, o diretor Luis Iglesias, Eva despontou para a comédia. Na TV Tupi teve até um programa chamado As Aventuras de Eva, lá nos anos 50. Apesar de boa parte de sua carreira ter sido assinalada por inesquecíveis atuações em novelas, no cinema Eva não ficou muito atrás. Atuou ao lado de nomes como Oscarito, foi dirigida por Carlos Manga, encerrando sua trajetória nas telonas em Meu Nome Não é Johnny (2008). Eva sofria de Mal de Parkinson há anos. Sua última aparição pública foi em novembro de 2014, quando recebeu uma homenagem feita por amigos artistas no Teatro Leblon. Estava recolhida em casa desde então. Sua batalha silenciosa se encerrou em dezembro deste ano, por conta de pneumonia. Sem filhos, a grande diva ainda deu uma lição de humanidade mesmo após sua morte: sua herança foi deixada para seus empregados, com quem ela dividiu seus últimos momentos.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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