Acontece neste domingo, dia 11 de janeiro, a primeira grande festa da temporada de premiações 2014/2015: é a cerimônia de entrega dos Globos de Ouro, troféu concedido pela Hollywood Foreign Press Association – Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood – aos melhores do último ano, tanto em Cinema como em Televisão. Esta será a 72° edição do evento, cujo primeiro encontro aconteceu em Dezembro de 1947, em Los Angeles. A entidade, sem fins lucrativos, doou mais de US$ 15 milhões nos últimos dezenove anos para entidades de caridade relacionadas com o mundo do entretenimento, além de colaborar com bolsas escolares e outros programas de desenvolvimento para profissionais da área. Atualmente, a HFPA é composta por um time de 90 jornalistas dos mais diversos cantos do mundo: do Brasil, fazem parte Paoula Abou-Jaoude e Ana Maria Bahiana.

As apresentadoras Amy Poehler e Tina Fey

Neste ano, o longa com o maior número de indicações é Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), de Alejandro González Iñarritu, lembrada em sete categorias. Como os votantes são estrangeiros – e não norte-americanos – o resultado nem sempre será próximo aos do Oscar. No entanto, por sua data estratégica logo no começo do ano, acaba influenciando muitos resultados posteriores de uma maneira ou de outra, principalmente por apontar entre seus concorrentes quais são os títulos e artistas que não podem passar desapercebidos. Confira, abaixo, uma análise de como está a disputa nas categorias de Cinema: quem vai ganhar, quem merece, quem pode surpreender, quem corre por fora e quem não tem a menor chance!

 ***Artigo atualizado em 12 de janeiro de 2015 com os vencedores deste ano!

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Dos cinco concorrentes, apenas o candidato israelense não foi pré-selecionado ao Oscar, o que o deixa virtualmente sem chances. Dentre os demais, é quase impossível que o prêmio não vá para o polonês Ida, título forte que deve emplacar no Oscar não só nessa categoria, como também em outras, como Fotografia e talvez Atriz Coadjuvante (Agata Kulesza). O concorrente russo foi premiado em Cannes e possui uma trama forte e relevante, mas o longa sueco tem maior apelo junto ao público, o que pode fazer diferença na última hora. Já a Geórgia concorre pela primeira vez em toda a sua história ao Globo de Ouro – e, se conseguir, também ao Oscar – e talvez isso já seja recompensa suficiente.
Quem vai ganhar: Ida (Polônia)
Quem merece: Leviatã (Rússia)
Quem pode surpreender: Força Maior (Suécia)
Quem corre por fora: Mandariinid (Geórgia)
Quem não tem chances: Gett (Israel)

QUEM GANHOU: Leviatã (Rússia)

 

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO

Pelo segundo ano consecutivo a Pixar ficou de fora da disputa, o que aumentou a chance dos demais concorrentes. Ainda que tenha estreado no início de 2014, o divertidíssimo Uma Aventura Lego se confirmou como uma das maiores bilheterias do ano, além de ter sido aplaudido com entusiasmo pela crítica. Premiar o mexicano Festa no Céu seria uma maneira de recompensar o gênio criativo de Guillermo Del Toro (produtor), mas suas chances são poucas, assim como é quase impossível que Como Treinar o Seu Dragão 2, continuação do sucesso de 2010, tenha melhor sorte. Os Boxtrolls é o concorrente da cota ‘diversidade’, enquanto que a Disney entrou na luta aos 45 do segundo tempo com Operação Big Hero, um sucesso de público e de crítica que pode surpreender.
Quem vai ganhar: Uma Aventura Lego
Quem merece: Festa no Céu
Quem pode surpreender: Operação Big Hero
Quem corre por fora: Os Boxtrolls
Quem não tem chances: Como Treinar o Seu Dragão 2

QUEM GANHOU: Como Treinar o Seu Dragão 2

 

MELHOR TRILHA SONORA

Hans Zimmer, vencedor de dois Globos, por O Rei Leão (1994) e Gladiador (2000), tem seu belo trabalho reconhecido no épico espacial Interestelar – a única indicação do longa. Esta é sua 12° indicação, e uma vitória seria mais do que merecida – afinal, concorre também ao Bafta, ao Critics Choice, ao Satellite, nos críticos de Chicago, de Houston, de Phoenix, de St. Louis, de Washington e foi premiado em Dallas-Fort Worth. Seu grande concorrente é Antonio Sanchez, que estreou no cinema com a trilha de Birdman e já foi premiado pelos críticos de Austin, Las Vegas, Phoenix e St. Louis, além de ser indicado ao Satellite, Bafta, Critics Choice e aos críticos de Washington, Chicago, Houston e San Diego. Alexandre Desplat é sempre um nome a ser considerado – sua presença por O Jogo da Imitação representa sua sétima indicação ao Globo, prêmio que já ganhou uma vez, por O Despertar de uma Paixão (2006). Além de já ter concorrido seis vezes ao Oscar, neste ano foi lembrado no Critics Choice, no Satellite e nas premiações dos críticos de San Diego, Phoenix, Chicago – no entanto, como é autor também da trilha de O Grande Hotel Budapeste – indicada ao Bafta, por exemplo – teve seus votos divididos. Jóhann Jóhannsson é outro novato, concorrendo pela primeira vez por A Teoria de Tudo, e disputa ainda o Bafta, o Critics Choice e os prêmios dos críticos de Houston, Phoenix e Washington. Por fim, temos a dupla Trent Reznor e Atticus Ross, que renovaram a parceria com o diretor David Fincher no thriller Garota Exemplar. Os dois ganharam o Globo e o Oscar pelo trabalho em A Rede Social (2010), e nesse ano disputam ainda o Critics Choice e foram lembrados pelos críticos da Florida, Phoenix, San Diego, St. Louis e Washington, além do Satellite.
Quem vai ganhar: Birdman
Quem merece: Interestelar
Quem pode surpreender: Garota Exemplar
Quem corre por fora: O Jogo da Imitação
Quem não tem chances: A Teoria de Tudo

QUEM GANHOU: A Teoria de Tudo

 

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

Os membros do Globo de Ouro adoram uma celebridade, e o fato de termos artistas populares como Lana Del Rey, Common, John Legend, Patti Smith, Sia e Lorde como finalistas dessa categoria não é nenhuma coincidência. “Big Eyes”, de Grandes Olhos, concorre também ao Critics Choice e ao críticos de Houston, e pode ser uma boa aposta. O mesmo pode ser dito de “Glory”, de Selma, o único dos cinco indicados que concorre também a Melhor Filme do ano. “Mercy Is”, de Noé, só foi lembrada no Globo, assim como “Opportunity”, de Annie – só que essa produção é um musical, o que valoriza o tema! Por fim, “Yellow Flicker Beat”, de Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1, concorre também ao Critics Choice, mas não deve ir muito além disso.
Quem vai ganhar: Selma
Quem merece: Grandes Olhos
Quem pode surpreender: Annie
Quem corre por fora: Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1
Quem não tem chances: Noé

QUEM GANHOU: Selma

 

MELHOR ROTEIRO

Dos cinco indicados, apenas Garota Exemplar não concorre na categoria de Melhor Filme – seja Drama ou Comédia/Musical – o que diminui bastante suas chances. Entre os demais a situação está bastante confusa. Boyhood teve um roteiro escrito em colaboração com os atores ao longo de doze anos, e a quantidade de improvisos pode pesar contra. O Grande Hotel Budapeste foi premiado no Festival de Berlim e é assinado pelo queridinho Wes Anderson, o que pode fazer diferença. Birdman é sempre um concorrente de peso, ainda mais que o diretor Iñarritu é também um dos roteiristas. Por fim temos O Jogo da Imitação, que tem sido bastante criticado por suas alterações na história real ao torná-la ficção, o que deve eliminar suas possibilidades.
Quem vai ganhar: Birdman
Quem merece: O Grande Hotel Budapeste
Quem pode surpreender: Boyhood
Quem corre por fora: Garota Exemplar
Quem não tem chances: O Jogo da Imitação

QUEM GANHOU: Birdman

 

MELHOR DIREÇÃO

Dos cinco indicados, apenas David Fincher já ganhou o Globo – por A Rede Social (2010) – mas como Garota Exemplar é o único dos finalistas que não foi indicado também a Melhor Filme, suas chances diminuíram consideravelmente. Dos demais, apenas Alejandro González Iñarritu tem história na premiação – foi indicado antes por Babel (2006). Wes Anderson, Ava DuVernay e Richard Linklater são novatos por aqui. A disputa, no entanto, deve se concentrar mesmo entre Iñarritu, Anderson e Linklater. Como somente esse último teve seu filme qualificado como Drama, as apostas estão a seu favor.
Quem vai ganhar: Richard Linklater, por Boyhood
Quem merece: Wes Anderson, por O Grande Hotel Budapeste
Quem pode surpreender: Alejandro González Iñarritu, por Birdman
Quem corre por fora: David Fincher, por Garota Exemplar
Quem não tem chances: Ava DuVernay, por Selma

QUEM GANHOU: Richard Linklater, por Boyhood

 

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Patricia Arquette é, disparada, a franca favorita nessa categoria. Sua atuação em Boyhood tem tido um retorno da crítica tão positivo – ganhou quase tudo até agora – que em Los Angeles chegou a ser considerada a Melhor Interpretação Feminina do ano, como Atriz Principal! Keira Knightley (O Jogo da Imitação) é a única que pode, ainda que timidamente, ameaçá-la, pois concorre também ao Bafta, ao SAG, ao Critics Choice, ao British Independent, ao Satellite e foi premiada pelos críticos de Phoenix. Em seguida temos Emma Stone, de Birdman, que foi premiada pelos críticos de Boston, além de também concorrer a praticamente tudo. Meryl Streep tem aqui sua 29° indicação (!) ao Globo, já tendo ganho em oito ocasiões, e sua presença pelo musical Caminhos da Floresta deve-se mais ao seu prestígio do que pelo desempenho em si. Por fim temos Jessica Chastain, que garantiu a única indicação para O Ano Mais Violento – ela ganhou seu primeiro Globo há dois anos, por A Hora Mais Escura (2012). Pela atuação deste ano ganhou o National Board of Review e o prêmio dos críticos de Indiana e de Utah.
Quem vai ganhar: Patricia Arquette, por Boyhood
Quem merece: Jessica Chastain, por O Ano Mais Violento
Quem pode surpreender: Keira Knightley, por O Jogo da Imitação
Quem corre por fora: Emma Stone, por Birdman
Quem não tem chances: Meryl Streep, por Caminhos da Floresta

QUEM GANHOU: Patricia Arquette, por Boyhood

 

MELHOR ATOR COADJUVANTE

A disputa nesta categoria é um pouco mais equilibrada, pendendo razoavelmente para o lado do veterano J. K. Simmons, que tem aqui sua primeira indicação ao Globo, mas já foi premiado neste ano até pela Associação de Críticos de Cinema Afro-Americanos! Até agora, ganhou os prêmios dos críticos de Boston, Chicago, Dallas-Fort-Worth, Detroit, Florida, Indiana, Las Vegas, Los Angeles, Nova York, Phoenix, St. Louis, Toronto e Washington. No lado oposto da disputa está outro velho conhecido, Robert Duvall, que conquistou sua sétima indicação ao Globo, prêmio que já ganhou em quatro ocasiões! Neste ano, no entanto, suas chances são praticamente nulas, confirmando que sua presença se deve mais ao seu prestígio pessoal do que pelo filme em si, que foi massacrado pela crítica especializada e desprezado pelo público. Ethan Hawke conquistou sua primeira indicação ao Globo (ainda que já tenha concorrido em três ocasiões ao Oscar), e neste ano foi lembrado por todas as premiações relevantes, apesar de não ter ganho nenhuma até o momento. Mark Ruffalo concorre duplamente neste ano – também como Melhor Ator em Telefilme, por The Normal Heart (2014) – e pode ser beneficiado em uma das categorias. Por Foxcatcher, foi escolhido como Melhor Coadjuvante do ano pelos críticos de San Diego. Mas que pode mesmo surpreender é Edward Norton – já premiado nesta categoria no Globo por As Duas Faces de um Crime (1996) – e reconhecido neste ano pelo National Board of Review e pelos críticos de Kansas e São Francisco. Além disso, ele está também no elenco de O Grande Hotel Budapeste, outro título aclamado deste ano, e isso pode duplicar suas chances.
Quem vai ganhar: J. K. Simmons, por Whiplash
Quem merece: Edward Norton, por Birdman
Quem pode surpreender: Mark Ruffalo, por Foxcatcher
Quem corre por fora: Ethan Hawke, por Boyhood
Quem não tem chances: Robert Duvall, por O Juiz

QUEM GANHOU: J. K. Simmons, por Whiplash

 

MELHOR ATRIZ EM COMÉDIA/MUSICAL

A vencedora dessa categoria geralmente se qualifica para concorrer ao Oscar – e, em muitos casos, como Gwyneth Paltrow, por Shakespeare Apaixonado (1998), e Jennifer Lawrence, por O Lado Bom da Vida (2012), até mesmo vencer! Isso, no entanto, dificilmente acontecerá neste ano. Nenhuma das cinco indicadas tem muitas chances de chegar até ao prêmio da Academia, independente do resultado. A que está um pouquinho na frente é Julianne Moore, mas como concorre também na categoria de Drama, suas chances são melhores lá. Por Mapas para as Estrelas, no entanto, foi premiada no Festival de Cannes, e isso pode contar (um pouco, mas ainda assim). Quvenzhané Wallis só está aqui para reparar o deslize de a terem ignorado por Indomável Sonhadora (2012), filme que a colocou como finalista no Oscar. Seu filme dessa vez, o musical Annie, no entanto é infantil demais e não obteve reconhecimento esperado nem do público, quanto menos da crítica. Helen Mirren, indicada treze vezes e premiada em três ocasiões, deve ter levado um susto ao descobrir que haviam lembrado dela pelo irrelevante A 100 Passos de um Sonho. Sobram as jovens Emily Blunt – uma queridinha do Globo, em sua quinta indicação (e dona de uma estatueta) – e Amy Adams – outra das confirmadas, lembrada seis vezes e vencedora justamente no ano passado, por Trapaça (2013). Adams, no entanto, já concorreu cinco vezes ao Oscar (Blunt nunca chegou na festa da Academia), e neste ano disputa também o Bafta, além de ter sido lembrada pelos críticos de Phoenix.
Quem vai ganhar: Amy Adams, por Grandes Olhos
Quem merece: Julianne Moore, por Mapas para as Estrelas
Quem pode surpreender: Emily Blunt, por Caminhos da Floresta
Quem corre por fora: Quvenzhané Wallis, por Annie
Quem não tem chances: Helen Mirren, por A 100 Passos de um Sonho

QUEM GANHOU: Amy Adams, por Grandes Olhos

 

MELHOR ATOR EM COMÉDIA/MUSICAL

Ainda que em anos anteriores esta tenha sido a mais desprezada das categorias de atuação – antigos vencedores, como Gene Hackman, por Os Excêntricos Tenenbaums (2001), e Richard Gere, por Chicago (2002), nem indicados ao Oscar foram – a situação desta vez é bem diferente. A disputa, no entanto, se resume praticamente entre Michael Keaton (segunda indicação) e Ralph Fiennes (quinta indicação) – e o vencedor já estará com uma das mãos também no Oscar! Keaton estava há anos fora de qualquer radar até surgir de forma avassaladora em Birdman, num dos desempenhos mais aclamados do ano – até o momento foi premiado pelos críticos de Boston, Chicago, Dallas-Fort Worth, Detroit, Florida, Kansas, Las Vegas, Phoenix, San Diego, São Francisco e Washington, além do National Board of Review. Fiennes, por O Grande Hotel Budapeste, só foi premiado até agora pelos críticos de Indiana. Joaquin Phoenix (quinta indicação, uma vitória anterior, por Johnny & June, 2005) e Christoph Waltz (terceira indicação, duas vitórias anteriores, mas como Coadjuvante, por Bastardos Inglórios, 2009, e por Django Livre, 2012) tem aqui as únicas indicações deste ano – não concorrem a mais nada. Bill Murray (sexta indicação, uma vitória anterior, por Encontros e Desencontros, 2003) está numa situação muito próxima – além do Globo, concorre apenas ao Critics Choice, porém não na categoria de Atuação Masculina principal, mas, sim, como Ator de Comédia. Ele é outro, no entanto, duplamente indicado neste ano: foi lembrado também como Ator Coadjuvante em Minissérie de Televisão, por Olive Kitteridge.
Quem vai ganhar: Michael Keaton, por Birdman
Quem merece: Ralph Fiennes, por O Grande Hotel Budapeste
Quem pode surpreender: Bill Murray, por Um Santo Vizinho
Quem corre por fora: Joaquin Phoenix, por Vício Inerente
Quem não tem chances: Christoph Waltz, por Grandes Olhos

QUEM GANHOU: Michael Keaton, por Birdman

 

MELHOR ATRIZ EM DRAMA

Duplamente indicada neste ano, Julianne Moore pode se considerar dona de ao menos uma das estatuetas a que disputa. Ainda que esteja ressabiada – em 2000 ela também concorreu nas duas categorias principais e saiu da festa de mãos abanando – neste ano ela fechou dez indicações (e duas vitórias, porém nenhuma ‘de verdade’, pois ganhou como Elenco, por Short Cuts: Cenas da Vida, 1994, e como Atriz em Telefilme, por Virada no Jogo, 2012). Está mais do que na hora deste aguardado reconhecimento, ainda mais que é uma das atrizes mais premiadas do ano até o momento, tenho ganho nos críticos de Chicago, São Francisco e Washington, além do National Board of Review. Correndo no encalço está a novata Rosamund Pike, premiada pelos críticos de Austin, Detroit, Florida, Kansas, Phoenix, St. Louis e Utah, e a estrela Reese Witherspoon, que voltou aos holofotes neste ano e ganhou o reconhecimento dos críticos de Indiana, Dallas-Fort Worth e Las Vegas. Um fato curioso: Reese é a produtora de Garota Exemplar, filme estrelado por Rosamund! Por fim temos Felicity Jones, indicada a praticamente tudo – e premiada em nada – e a queridinha da América Jennifer Aniston, lembrada só onde pode fazer diferença: aqui, no SAG e no Critics Choice.
Quem vai ganhar: Julianne Moore, por Para Sempre Alice
Quem merece: Rosamund Pike, por Garota Exemplar
Quem pode surpreender: Reese Witherspoon, por Livre
Quem corre por fora: Jennifer Aniston, por Cake: Uma Razão para Viver
Quem não tem chances: Felicity Jones, por A Teoria de Tudo

QUEM GANHOU: Julianne Moore, por Para Sempre Alice

 

MELHOR ATOR EM DRAMA

Geralmente uma das categorias mais disputadas pelos veteranos, neste ano temos cinco intérpretes lembrados pela primeira vez como protagonistas. O único premiado até o momento é o astro Jake Gyllenhaal, que seguiu a cartilha à risca – assumiu um papel arriscado e emagreceu mais de dez quilos no processo – e surpreende em O Abutre. Sua performance lhe garantiu o reconhecimento dos críticos de Austin, Dublin, St. Louis e San Diego. Já os demais – Steve Carell, Benedict Cumberbatch, Eddie Redmayne e David Oyelowo – foram indicados a quase tudo, sem levar absolutamente nada de relevância até agora. Carell talvez seja o mais controverso, uma vez que concorre ao Bafta como Coadjuvante.
Quem vai ganhar: Jake Gyllenhaal, por O Abutre
Quem merece: Benedict Cumberbatch, por O Jogo da Imitação
Quem pode surpreender: Eddie Redmayne, por A Teoria de Tudo
Quem corre por fora: David Oyelowo, por Selma
Quem não tem chances: Steve Carell, por Foxcatcher

QUEM GANHOU: Eddie Redmayne, por A Teoria de Tudo

 

MELHOR FILME EM COMÉDIA/MUSICAL

Não há a menor chance de Pride – produção independente inglesa premiada como Melhor Filme Gay no Festival de Cannes – sair vitorioso – esta é sua única indicação ao Globo. No lado extremo oposto temos Birdman, o campeão de indicações deste ano. Suas ameaças são O Grande Hotel Budapeste, premiado no Festival de Berlim e incensado pela crítica especializada, ou Caminhos da Floresta, o único musical dentre os selecionados deste ano – o que, vez que outra, acaba fazendo diferença. Um Santo Vizinho concorre nesta mesma categoria do Critics Choice, mas ainda assim suas chances são pequenas.
Quem vai ganhar: Birdman
Quem merece: O Grande Hotel Budapeste
Quem pode surpreender: Caminhos da Floresta
Quem corre por fora: Um Santo Vizinho
Quem não tem chances: Pride

QUEM GANHOU: O Grande Hotel Budapeste

 

MELHOR FILME EM DRAMA

Com Birdman concorrendo como Comédia, o caminho ficou livre para Boyhood se consagrar como o Melhor Drama do ano, prêmio que invariavelmente o coloca como um dos favoritos ao Oscar. Premiado em Berlim, já foi reconhecido pelos críticos de Austin, Boston, Chicago, Detroit, Dublin, Indiana, Los Angeles, Nova York, São Francisco, St. Louis, Toronto e Washington. A Teoria de Tudo e O Jogo da Imitação foram indicados a tudo – e não ganharam nada. Já Foxcatcher e Selma ficaram de fora de algumas premiações importantes – nenhum dos dois foi indicado ao Bafta, enquanto que o segundo ficou de fora também da premiação dos produtores.
Quem vai ganhar: Boyhood
Quem merece: O Jogo da Imitação
Quem pode surpreender: A Teoria de Tudo
Quem corre por fora: Foxcatcher
Quem não tem chances: Selma

QUEM GANHOU: Boyhood

 

AVALIAÇÃO FINAL:
Quem vai ganhar: 9/14 – nove categorias certas!
Quem merece: 2/14 – dois dos nossos favoritos ganharam!
Quem pode surpreender: 1/14 – uma verdadeira surpresa!
Quem corre por fora: 0/14 – correram, mas perderam o fôlego!
Quem não tem chances: 2/14 – duas bolas fora vergonhosas!

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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