Ele é um dos poucos brasileiros que já foram indicados ao Oscar, e logo por seu trabalho de estreia: o curta Uma História de Futebol (1998), que recriava um dos momentos mais emocionantes da infância de Pelé. Pois Paulo Machline não se contentou com os louros recebidos tão cedo em sua carreira e foi além. E depois de outros tantos trabalhos, no ano passado lançou nos cinemas o aplaudido Trinta (2014), que resgatava a vida e a obra do carnavalesco Joãosinho Trinta! Aproveitando esse gancho, o diretor conversou com o Papo de Cinema e revelou seus filmes favoritos. Confira!
Qual seu filme favorito?
Era Uma Vez na América (1984) é um filme que me levou de cinéfilo a cineasta, e acabei de rever uma cópia restaurada, estou com ele muito vivo dentro de mim. Acho que, primeiro, é um gênero que me interessa como cinéfilo, essa coisa do gangster, tem uma estrutura de western, a música, os enquadramentos. Sou louco pela Jennifer Connelly, e esse foi o primeiro filme, uma guria linda. Era o objeto de amor profundo do De Niro… é fantástico! E a forma de filmar do Sergio Leone nesse filme, que depois foi restaurado pela Fundação do Scorsese, é incrível. Há uma cópia em blu-ray que vem junto um livro que conta com vários episódios do set. Humildemente, me identifiquei com várias passagens, e gostei ainda mais!
Qual sua cinebiografia favorita?
Vi todas para fazer o Trinta, acredite (risos)! A gente vai buscar, principalmente quando está fazendo o roteiro, tudo que é referência. Gosto muito da do Ray Charles – Ray (2004) – que é excelente! Tem uma do Beethoven, Minha Amada Imortal (1994), que foi muito criticada, mas gostei muito, também.
Qual filme recente você recomenda?
Relatos Selvagens (2014), que é um ótimo filme pro mundo que vivemos hoje, esse mundo cão. Gosto da história do Bombitas, aquela com o Darín. É bem aquilo, vivemos no nosso cotidiano, nas cidades grandes, e a imbecilidade das máquinas toma conta. E a última, do casamento, é também sensacional!
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Unbreakable! Se eu contar, você entenderia… (risos)! Sou a ovelha negra de uma família que não acredita de cinema. Meu pai é gaúcho de Bagé, queria que eu fizesse a Fundação Getúlio Vargas e fosse trabalhar com ele. Mas daí eu fui lá e fiz Cinema! Viu só no que deu?
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