Maria de Medeiros Esteves Victorino D’Almeida – ou apenas Maria de Medeiros – é, provavelmente, o nome mais internacional do cinema português. Ela já atuou sob o comando de Quentin Tarantino, dividiu cena – e a cama – com Uma Thurman, e é figura frequente no cinema brasileiro. Seus primeiros passos por aqui foram como atriz, mas neste ano ela se aventurou também como realizadora, com o premiado documentário Repare Bem (2013), vencedor da Mostra Latina no último Festival de Gramado. E foi durante sua passagem pelo evento na Serra Gaúcha que o Papo de Cinema conversou com exclusividade com a estrela portuguesa, que nos revelou seus filmes favoritos. Confira!
Qual é seu filme favorito?
Stalker (1979), de Andrei Tarkovsky. É um filme que me marcou. O vi muito jovem e me encantou pela extraordinária espiritualidade. É uma história alucinante, sobre o poder da mente é como é importante visualizar antes em nossas mentes aquilo que desejamos alcançar. É muito impressionante.
Entre os últimos filmes que você viu, recomendaria algum?
O Artista Está Presente (2012), sobre a Marina Abramovic. É um documentário a respeito desta artista que vem da Sérvia e está reinventando o mundo das artes. Assisti em São Paulo e achei muito interessante. Gosto muito dos filmes que tratam de questões sobre a posição da arte na sociedade, e este definitivamente é um deles.
E se a sua vida fosse um filme, como seria o título?
Pode ser um nome já existente? Love Streams (risos). Esse filme, do grande John Cassavetes, é de 1984, se chamou no Brasil apenas Amantes, mas creio que a tradução literal, algo como rios de amor, é bem mais apropriado para a forma como vejo a vida, indo onde o coração me levar.
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