Vencedor da mostra brasileira de 2019 do É Tudo Verdade – o maior festival de documentário da América Latina –, Cine Marrocos (2019) acontece no prédio do qual pede emprestado seu título, um antigo cinema de rua suntuoso da cidade de São Paulo, abandonado à própria sorte e ocupado na ocasião por moradores sem teto. Pessoas em situação de vulnerabilidade, entre eles imigrantes e refugiados, são instados a encenar cenas de grandes clássicos do cinema mundial. O filme, então, apresenta dois gestos politicamente distintos: o do afeto, ao devolver para o prédio a sua antiga dimensão cinematográfica, e do social, por lançar luz sobre as complexidades inerentes aos processos de ocupação como forma de reivindicar o direito previsto na Constituição Federal da moradia para todos. Para conversar um pouco sobre o filme que chega no dia 03 de junho aos cinemas (e logo depois em streaming), conversamos remotamente com o diretor Ricardo Calil. O resultado desse Papo de Cinema você confere agora:

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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