Hollywood está prestes a parar as suas máquinas. Isso porque nesta terça-feira, 18, o Writers Guild of America, o sindicato dos roteiristas da América do Norte, aprovou uma greve de roteiristas com 97,5% dos 9.218 votos válidos e quase 79% dos membros da entidade votando. “Esses resultados estabelecem um novo recorde tanto para a participação quanto para a porcentagem de apoio em uma votação de autorização de greve. Nossos membros falaram. Você expressou sua força coletiva, solidariedade e demanda por mudanças significativas em números esmagadores. Armados com essa demonstração de unidade e determinação, continuaremos a trabalhar na mesa de negociações para alcançar um contrato justo para todos os roteiristas”, anunciou a associação num comunicado enviado à imprensa. A categoria ameaça parar completamente a partir do dia 02 de maio se não houver acordo, por exemplo, sobre os termos à utilização de inteligência artificial na escrita de roteiros.

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A greve ainda não está sacramentada porque o sindicato segue negociando com a Alliance of Motion Picture and Television Producers os termos relativos ao descontentamento da classe. No ano de 2017 o colegiado votou 96,3% a favor da autorização de greve e ela não aconteceu. Já em 2007, 90,3% votaram pela autorização de greve e a paralização de fato ocorreu. O WGA também entrou em greve em 1988, após 97% dos votos pela autorização. Além de mecanismos relativos inteligências artificiais (que não seriam proibidas, desde que isso não afetasse créditos e remuneração dos humanos), o sindicato pleiteia uma grande reformulação da remuneração dos roteiristas, uma fórmula mais lucrativa relativa à plataforma de streamings e requisitos mínimos para alguém fazer parte de uma equipe de roteiro para todos os programas de TV. Continuamos de olho.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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