Nesta quinta-feira, 16, a Sessão da Tarde exibe No Olho do Tornado (2014), suspense recheado de efeitos visuais que recria a passagem devastadora de múltiplos tornados por uma pequena cidade norte-americana. Mas o que muita gente talvez não perceba logo de cara é que o filme adota uma técnica narrativa bastante peculiar, mais comum em produções de terror: o estilo found footage. Aproveitamos a reprise na TV aberta para relembrar outros títulos que também apostaram nesse recurso, em diferentes gêneros. Siga o fio e saiba mais!
Na Sessão da Tarde, um grupo de cientistas caçadores de tempestades é liderado pelo ambicioso Pete. Do dia para a noite, precisam enfrentar a fúria do maior tornado que a natureza já produziu. Para isso, terão de unir forças e mentes para a corajosa missão.
O termo found footage (em tradução livre, “filmagem encontrada”) se refere a um estilo narrativo em que os acontecimentos são mostrados como se tivessem sido registrados por câmeras amadoras ou dispositivos dos próprios personagens. Muitas vezes, o filme se passa sob a premissa de que aquelas imagens foram recuperadas após um evento trágico, criando uma sensação de realismo e urgência. A técnica costuma apostar em imagens tremidas, cortes bruscos e enquadramentos imperfeitos – tudo para reforçar a ideia de que estamos assistindo a registros “reais”, e não a um filme tradicional.
Um dos primeiros exemplos foi Holocausto Canibal (1980), um polêmico terror italiano que simulava o resgate de fitas perdidas de um grupo de documentaristas na floresta amazônica. Nos anos seguintes, o found footage foi esporadicamente usado em experimentações independentes, até que o sucesso viral de A Bruxa de Blair (1999) o alçou a fenômeno cultural e redefiniu o terror dos anos 2000, abrindo caminho para dezenas de produções com orçamento modesto e retorno de bilheteria impressionante.
O estilo também foi utilizado em títulos como Atividade Paranormal (2007), que virou uma franquia bilionária, e Cloverfield: Monstro (2008), que levou a técnica ao cinema-catástrofe de forma ambiciosa. Outros exemplos incluem o espanhol Rec (2007) e Poder sem Limites (2012). Em comum, esses filmes usam o found footage não apenas como estética, mas como elemento essencial da narrativa.
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