Sally Kirkland faleceu na última terça-feira, 11, aos 84 anos, em Palm Springs, na Califórnia, EUA. A atriz estadunidense estava em uma casa de cuidados paliativos e enfrentava problemas de saúde nos últimos anos – ela tinha sido diagnostica com demência. Mesmo assim, seguia atuando. Sally começou a carreira nos anos 1960, venceu um Globo de Ouro e foi indicada ao Oscar. Relembre!
SALLY KIRKLAND
INÍCIO
Nascida em 1941, em Nova York, Sally Kirkland cresceu em Oklahoma e recebeu o nome da mãe, uma respeitada editora de moda da Vogue e da Life. Antes de se dedicar à atuação, trabalhou como dançarina no Peppermint Lounge, em Los Angeles, e como modelo de revistas de prestígio. Estudou no renomado Actors Studio, sob orientação de Lee Strasberg e Uta Hagen, e formou-se na American Academy of Dramatic Arts em 1961. Seu primeiro papel no cinema foi em Tragédia num Espelho (1960).
Sua trajetória artística começou nos palcos Off-Broadway, em 1963, marcada pela ousadia e pela ligação com o movimento de vanguarda nova-iorquino. Nesse contexto, uniu-se à The Factory, coletivo de Andy Warhol. Após um período turbulento, que incluiu o uso de drogas e uma tentativa de suicídio, Sally reencontrou o equilíbrio por meio da ioga e da pintura.
FAMA NO CINEMA
Sally Kirkland começou a ganhar destaque nas telas no fim dos anos 1960, com papéis em produções independentes que exploravam temas ousados e psicológicos. Em Coming Apart (1969), de Milton Moses Ginsberg, viveu uma das personagens que gravitam em torno de um psiquiatra em crise existencial – papel de Rip Torn.

Nos anos 1970, consolidou-se como uma presença marcante tanto no circuito alternativo quanto em produções de estúdio. Participou de Golpe de Mestre (1973), ao lado de Paul Newman e Robert Redford, e esteve no drama romântico Nosso Amor de Ontem (1973), com Barbra Streisand e, mais uma vez, Redford, mostrando versatilidade em papéis secundários. No mesmo período, interpretou uma das personagens centrais de A Mulher da Metralhadora (1974), mistura de ação e sátira. A atriz seguiu atuando com regularidade e, em 1980, apareceu na comédia A Recruta Benjamin, com Goldie Hawn.
Seu grande momento, porém, veio em Anna (1987), drama no qual interpretou uma atriz tcheca exilada em Nova York, esquecida pela fama e pela indústria que um dia a reverenciou. A performance comovente e intensa lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama e uma indicação ao Oscar.
ANOS SEGUINTES
No fim dos anos 1980, estrelou o filme de ação Operação Kickbox (1989), no qual interpretou uma médica envolvida na trama de vingança de um lutador. Nos anos 1990, ganhou destaque ao interpretar a enigmática Claire Laurent na minissérie A Casa das Almas Perdidas (1991), papel que lhe rendeu uma nova indicação ao Globo de Ouro. Mais tarde, apareceu no suspense Amnesia (1997), onde viveu uma mulher em meio a um intrincado mistério de identidade e memória. Em Todo Poderoso (2003), contracenou com Jim Carrey em um pequeno papel.
Mesmo sem repetir o reconhecimento obtido nos anos 1970 e 1980, a atriz continuou ativa nas décadas seguintes, demonstrando amor permanente pela arte de atuar. Sua última contribuição ao cinema foi no curta Kallie (2025), lançado pouco antes de sua morte. Há pelo menos cinco projetos inéditos com sua participação previstos para lançamento nos próximos meses – entre séries, longas e curtas – incluindo Black Veil, Clark & Gerard, Here We Are, Lilith e Billy em Apuros.
Sally Kirkland não deixa cônjuge nem filhos. Ao longo da vida, teve dois casamentos – o primeiro com Michael R. Jarrett, em 1974, que terminou no ano seguinte, e o segundo com Mark Hebert, em 1985, também encerrado por divórcio. Discreta quanto à vida pessoal, a atriz manteve foco na carreira e nas causas espirituais e humanitárias que abraçou nas últimas décadas.
Em entrevistas, chegou a afirmar que “não teve o luxo de um parceiro de vida ou filhos para se apoiar em momentos difíceis”, revelando a solidão que muitas vezes acompanhou sua trajetória, mas também a independência e a força que marcaram sua personalidade.

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